segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Aposentadoria - Previdência Privada



365453 - leobras1 - 23/Nov/2019 04:57
Pessoal, se alguém souber responder a dúvida abaixo, eu agradeço, pois é um assunto especifico, o qual estou com dificuldade de encontrar informações.

Tenho um dinheiro em um plano de previdencia fechado (fundo de pensão) na empresa que eu trabalho atualmente, o qual deposito uma parte do meu salário e a empresa contribui com mais 100% em cima da quantia que eu contribuo. Acontece que optei por sair da companhia no pdv e gostaria de sacar o dinheiro, porém o fundo de pensão só deixa eu resgatar a minha parte. No entanto, há opção de fazer a portabilidade para um fundo de previdência complementar aberto, levando toda a quantia depositada por mim e pela empresa. Como ainda não tenho idade para me aposentar, gostaria de resgatar toda a grana a adicionar aos meus investimentos em ações, para finalmente viver de renda.

Acontece que não sei se após eu fazer a portabilidade para um fundo de previdência aberto, há alguma legislação ou norma que me impeça de sacar o dinheiro (parte empregado + parte empresa), já que o dinheiro estava em um fundo de previdência fechado anteriormente. Consultei o próprio fundo de pensão e eles foram bem confusos nas respostas, pois alguns funcionários do fundo falaram que podia e outros disseram que não. Portanto gostaria de saber se alguém tem alguma experiência nesse assuntou ou já passou por algo semelhante, e onde eu posso buscar esse informação com segurança.

A primeira coisa que voce precisa fazer e ler o regulamento do seu plano, e ver o que esta escrito la...geralmente so essa consulta ja basta para voce sanar as suas duvidas...
Acredito eu que a portabilidade teria de acompanhar a mesma regra que voce tem no seu plano, ou seja, voce so podera acessar os recursos para a aposendoria...
Mas e muito importante voce ler o regulamento do seu plano, e persistindo duvidas, fazer um consulta formal ao gestor dos recursos, e tendo uma resposta formal, consultar o orgao regulador (Previc) caso persistam duvidas.
Tambem possuo um plano de previdencia complementar e dentre as opçoes em caso de desligamento da empresa patrocinadora, existe a portabilidade para um fundo aberto... mas que tenha as mesmas carencias do fundo fechado... ou seja...o resgate da parte do patrocinador nao pode acontecer...
Mas me diga uma coisa... quantos anos voce tem? quanto tempo de filiacao do plano voce tem? nao existem nenhuma outra modalidade de desligamento que voce possa utilizar e que nao necessariamente o resgate?
A maioria dos planos, apos 180 meses de contribuicao e 50 anos de idade permite a obtencao de algum tipo de renda antecipada para a aposentadoria...nao compensa esperar? ou continuar como auto patrocinado? eu tentaria outras opçoes com certeza ao inves de resgatar...
Mas caso voce realmente nao tenha outra opçao a nao ser resgatar, prepare-se... 27,5% de IR em cima do valor resgatado... ou considerando um rendimento bruto de 5% a.a., praticamente 5 anos de rendimento pro saco...
Voce pode ate ser mais competente que o gestor para gerir os seus recursos... Postalis, Funcef e Petros que o digam...gracas a Deus o meu é a Previ... mas uma perda de 27,5% do valor resgatado ja de cara nao é pouca coisa... 

365504  - ispholambra  - 25 Nov 2019, 23:06
Mas se voce transferir para algum fundo com boa performance, focado em acoes, e existem varios... voce nao perde a parte patronal... de uma pesquisada se tem algum fundo, entre os mais arrojados que aceite a portabilidade... eu faria isso... e deixaria o $$ la quietinho... e ainda se eu pudesse aportaria mais um pouco...
Mas é só uma opiniao...eu gosto de ter uma parte do meu capital fora da minha gestao para me proteger de mim mesmo!!! Nao sou infalivel e cometo erros... logo isso pra mim funciona como um seguro...

336835 - guga10 - 17 Abr 2017
Pessoal,
Estou com uma dúvida, um amigo está pensando em aplicar em previdência, mas precisa escolher entre PGBL e VGBL. Pelo que eu lí, no VGBL a alíquota será a mesma do IR, então se a pessoa ganha 6k/mês iria pagar no resgate alíquota de 27,5%. É isso mesmo?

Depende do objetivo e se ele tem disciplina financeira...

PGBL - ele pode abater IR ate 12% dos ganhos (salario anual) - paga menor IR e se for disciplinado reinveste o que ganhou, tributa quando sacar (soma-se a renda anual o resgate ai tributa IR, mas se tiver desempregado ou a renda naquele ano foi muito baixa , tem que consultar tabela anual, se ele nao tiver ganho nada no ano e resgatar o plano todo pode ate ter mais restituicao.

VGBL - paga IR, mas quando resgatar esta livre de tributacao.

Respondendo so paga 27,5% se o somatorio dos ganhos anual estiver nesta faixa.

Não existe hipótese de restituição em caso de resgate de previdencia privada, pois os rendimentos não estão sujeitos ao ajuste anual (a tributação é exclusiva/definitiva na fonte), salvo se for progressiva.

Desculpe, mas acho que acabou ficando um pouco confuso.

Planos de previdência tem dois períodos: acumulação e benefícios. No primeiro, como o nome diz, você acumula recursos. No segundo, você goza da renda gerada pelos recursos que acumulou. Durante o período de acumulação você pode realizar resgates. Se optar por ter renda, no período de benefícios, você não poderá realizar saques (resgates).

Outra coisa é o regime de tributação, que pode ser a tabela progressiva ou regressiva. Concluindo, temos:

Plano de previdência: PGBL ou VGBL

Regimes de tributação: Progressivo ou Regressivo.

PGBL

- as contribuições podem ser deduzidas do IR até o limite de 12% da base de cálculo do IR (uma coisa que não comentam é que o participante tem que ser contribuinte do INSS ou aposentado);

- nos casos de resgates ou renda a tributação ocorre sobre o valor total retirado (ou renda total);

- é válido para quem faz a declaração completa de IR.

VGBL

- não é permitida deduções das contribuições;

- nos casos de resgates ou renda a tributação ocorre sobre os rendimentos do valor retirado (ou da renda);

- é válido para quem faz a declaração simplificada de IR.

Regime de Tributação Progressivo (compensável)

- tabela do IR;

- nos resgates tem 15% na fonte, sem deduções, a título de antecipação ao valor a ser pago na Declaração Anual de IR,

- no caso de renda tributa na fonte, conforme tabela mensal de imposto de renda. Posteriormente há ajuste na declaração anual.

Regime de Tributação Regressiva (definitivo)

- resgastes ou renda tributados exclusivamente na fonte. Não haverá ajuste – imposto a pagar ou restituir.

Tabela Regressiva

Acumulação.....................IR na fonte

Até 2 anos..........................35%

De 2 a 4 anos.....................30%

De 4 a 6 anos.....................25%

De 6 a 8 anos.....................20%

De 8 a 10 anos...................15%

Acima de 10 anos ..............10%

337003  - guga10   -  24 Abr 2017, 01:57
Jorge Tomaz, obrigado pela resposta, mas ainda fiquei em dúvida...
Um caso prático: a pessoa ganha 6k hoje e continua com a mesma renda por 30 anos.
Se ela fizer um VGBL hoje e resgatar daqui a 15 anos ela vai pagar qual aliquota? Vai ser de 27,5% (onde ela se enquadra na tabela do IR hoje)?

Gustavo,
teve uma pequena confusão aí. Os planos tem incidência de IR em bases de cálculo diferentes. No PGBL a tributação ocorre sobre o valor total retirado e no VGBL a tributação ocorre sobre os rendimentos do valor retirado, mas a ALÍQUOTA é definida pelo REGIME DE TRIBUTAÇÃO.

Somente com a informação que a pessoa tem um VGBL eu não sei quanto ela vai pagar. Contudo, no caso de um resgate, podemos ter:

1) se for pela tabela progressiva, vale a tabela do IR, provavelmente, depois de seis anos de poupança ele seria taxado em 27,5% (supondo que ele teria um valor superior a R$ 55.976,16); e

2) se for pela tabela regressiva, vale a tabela que coloquei no post. Como você citou o exemplo de 15 anos, seria 10%.

Mais uma coisa, se ele faz a declaração completa de IR vale o PGBL, para até o limite de 12% do rendimento tributável. Mas o seu amigo é um bom poupador, fez as contas e viu que consegue poupar cerca de 20% da renda, mas só vai ter dedução de 12%. Vale a pena fazer um PGBL? Vale. Faz um PGBL e coloca lá até 12% da renda e faz um VGBL e coloca os outros 8%. Não é proibido ter os dois planos. 

334292 - cpm22 - 17/Fev/2017 11:13
Prof Paulo ou alguma caridosa que possa me ajudar. Estou num grande dilema e gostaria da ajuda do pessoal do Forum que sempre nos ajuda em tudo.

Ocorre que trabalhei 25 anos numa multinacional que oferecia um Plano de Previdencia Privada Fechada onde nos participantes poderia aplicar 8% dos seus vencimentos e a empresa aportaria os mesmos 8% considerada como contribuicao Patronal. A Matriz da empresa decidiu extiguir este Plano e devolvera aos participantes o total das cotas acumuladas durante este 25 anos, ou seja estarao nos devolvendo o saldo total, ou seja, participante+patronal e um montante nao despresivel. Quais sao as opcoes que temos:

1. Fazer a migracao (portabilidade) dos nossos recursos para uma seguradora ou um banco. No meu caso so posso fazer a portabilidade para um PGBL imposto de renda progressivo e converter o montante em Renda Vitalicia ou Resgate Parcial.

2. Resgatar 100% do montante sem efetuar a portabilidade.

Minha duvida e: o que e mais vantajoso resgatar 100% do montante e pagar 15% na fonte e ajustar a diferenca na declaracao ou fazer a portabilidade e resgatando aos poucos (a cada 2 meses).

por favor, me ajudem??? Obrigado e tenham um bom dia!!!

 Um palpite...

> PGBL não é grande coisa, mas se fosse demitido simultaneamente aí talvez a opção do PGBL poderia ser a garantia de que pelo menos teria alguma renda para cobrir os gastos.

> Se você ainda é novo e confia no seu taco para administrar o dinheiro eu pegaria os 100% e pagaria o I.Renda, é uma pancada e tanto, mas ao longo do tempo recuperaria o I.Renda.

OBS: durante pelo menos uns 3 anos teremos rendas reais em papéis seguros já que a inflação está em queda.

Só um palpite (o pontapé inicial) para você ponderar, a decisão precisa estar bem maturada na sua cabeça.

Estude outras opiniões.

334296  - Biguelo -  17 Fev 2017, 11:46
Na opção 2 você conseguiria escapar do imposto?
Se não, vá de 1 e seja feliz;

334298  - Ronimendes -  17 Fev 2017, 12:22
Procure informações sobre outros planos de previdência para fazer portabilidade, ainda que parcial. O Adam prev e o verde icatu estão com um desempenho muito interessante. Digo isso porque o momento está muito obscuro, os ativos (ações, renda fixa e fiis estão caros) e um bom gestor pode fazer uma alocação eficiente. Eh só uma sugestão. Boa sorte.

Como tu disse que o montante é considerável, caso não se sinta seguro em administrar totalmente o dinheiro divida essa responsabilidade. Negocie com alguma seguradora para eliminar a taxa de carregamento de saída para você transferir todo o montante para lá e vai fazendo saques eventuais e investindo no que achar mais interessante. Na Icatu essa taxa de saída é de 36 meses regressivas, acho que parte de 3% se não me engano. Eles não cobram carregamento na entrada.

A Icatu tem previdência privada administrada pelo Fundo Verde e pelo Adam. Ambos possuem gestores de fundos multimercados consagrados e costumam bater o CDI. O fundo de previência do Adam, apesar de retrospecto recente, está com retornos elevadíssimos. Eu tenho uma parte de meu capital investido no que chamo de dinheiro da preguiça aplicado em previdência privada.O montanteestá atualmente em 80% no ADAM e 20% no Verde. É a grana que não quero pensar, pago para alguém pensar por mim, única coisa que as vezes faço é a portabilidade interna entre fundos de acordo com o que acho mais interessante....rs

334301 - ispholambra - 17/Feb/2017 13:22
CPM
Eu faria a portabilidade total para uma administradora que tivesse uma taxa de administracao/carregamento/saida o mais baixa possivel e que tivesse excelencia de gestao... ja deram duas opcoes por aqui... a ADAM e o Verde Asset...

Eu nao iria resgatar pra pagar ate 27,5% de IR nem a pau... porque no final vai ser esse valor que voce vai ter de pagar...

Deixa esse IR ir rendendo pra voce... se voce nao precisa da grana para o seu custeio...use esse valor para a sua aposentadoria, motivo pelo qual ele foi idealizado...

Sou bancario, o que eu vejo de neguinho sacando previdencia para "investir melhor" e depois se ferrando é incrivel...

Com toda a alta que experimentamos o mercado esta ligado no modo "profissional" entao eu deixaria os profissionais fazerem a administracao por mim se fosse voce...

Eu tenho em torno de 10% do meu patrimonio financeiro em previdencia... mas o meu regime de tributacao e regressivo definitivo... e em mais alguns meses os aporte iniciais terao mais de 10 anos e eu poderia melxer pagando "somente! 10% de IR... mas seu eu nao precisar eu nao pretendo mexer... é a minha reserva estrategica...

Mas é só uma opiniao...

334304 - tiagohv - 17/Feb/2017 14:00
Se tu não qquiser algo de renda fixa em previdência. Dos que pesquisei o que esta com performance interessante com custo de administração condizente é o XP Prev Horizonte RF, tem no Icatu tbem. É um fundo balanceado com compromissadas, debêntures e tesouro direto, interessante. Os 3 fundos citados da pra contratar diretamente pela Icatu ou pela corretora XP. Tem outras corretoras tbem com parceria com a Icatu mas nao lembro quais.

334305 - tiagohv - 17/Fev/2017 14:07
Corrigindo: Se tu não quiser nada com perfil moderado, se preferir algo mais "renda fixa"
Tem retornado entre 100-105% do CDI.

334309 - cpm22 - 17/Feb/2017 14:33
Primeiramente gostaria de agradecer a todos que estao tentando me ajudar em ordem de postagem: Barbado, Biguelo, Ronimendes, tiagohv e Ivan até o momento...eu muito obrigado mesmo.

Tenho 53 anos, e a empresa já enviou toda a documentaçao na Previc e o cronograma para a liberacao se der tudo certo os recursos ficarao disponiveis final deste ano. Realmente nao agrada em nada a ideia de ter que pagar ao fisco tal montante, razao pela qual estu pedindo ajuda a voces para minimizar o que considero um absurdo.

@tiagohv,

Voce saberia me informar se estas previdencias privadas mencionadas por voce administrada pelo Fundo Verde e pelo Adam. recebem a portabilidade do meu fundo de pensao? Caso sim existem possibilidades em transformar o montante em Renda Vitalicia ou somente no caso de Resgates?

Muito obrigado!!!

334310 - paulo_prof - 17/Fev/2017 14:37
Quando vc menciona resgatando aos poucos (a cada 2 meses), o que vc quer dizer? O percentual do valor que vc vai resgatar vai continuar sendo fortemente taxado.

De certa forma, o dilema é o mesmo daquele que hoje tem um PGBL e está em dúvida se permanece com o mesmo ou se resgata o todo, paga o imposto devido e aplica em ativos alternativos.

No início do ano passado, eu decidi resgatar o total (e olha que era um PGBL de IR progressivo) e investir em ações ... corri um risco, mas evidentemente pós fato não tenho o que reclamar. Como no ano passado só fui tachado parcialmente (o resto vem agora, na declaração de ajuste), mais de 10% do valor bruto resgatado que de fato são de IR renderam legal nos últimos 12 meses, diminuindo a fatura efetiva que terei que pagar este ano. Fazendo as contas em termos do total bruto resgatado, o que rendeu até hoje é expressivamente maior do que o IR total (26,5%) devido.

Se eu acreditasse que seria capaz de fazer os 0,85 do capital render, nos próximos 12 meses, acima dos 20% nominais, eu certamente faria o resgate.

Se vc efetuar a portabilidade, daqui um ano, vc terá aprox. 1,09 do seu capital atual, que continuará sendo taxado a 26,5%.

Se vc resgatar agora e conseguir fazer os 0,85 do capital renderem 20%, após 12 meses vc terá 1,02 do capital mas ainda tem que recolher os 26,5% - 15% de IR = 11,5%

1.02 - 0,115 = 0,905 do capital isento de IR daí para frente

A comparação que tem que ser feita é, para o seu perfil, o que é melhor (lembrando que num PGBL há também a questão do seguro e da descomplicação em caso de inventário e no caso de um resgate há o risco da rentabilidade projetada nos próximos 12 meses não se confirmar):

ter, daqui um ano, 0,905 do seu capital bruto atual completamente livres? ou

ter, daqui um ano um PGBL taxado a 26,5%, com aprox. 1,09 do seu capital bruto atual?

Considerando o meu perfil, optaria ainda hoje pela 1a. opção.

334313 - ronimendes - 17/Fev/2017 14:50
Cpm22, a pergunta foi feita para o Thiago mas me adianto. Tem a possibilidade sim.
Abra uma conta na xp (porque ela distribui esses planos), a ativa também acho q tem
No meu caso, quando fiz a portabilidade, falei com meu assessor da xp e ele fez tudo pra mim. Foi rápido e fácil.

334323  - CPM22  -  17 Fev 2017, 16:54
Prof Paulo,

Considerando-se o exposto, me parece ser mais sensato optar pela 1a. assim como o senhor. Ocorre, que a gente acaba ficando meio p. da vida quando mexem em nosso bolso sem receber nenhum tipo de retorno por parte do governo. Ademais nao pensavamos que a empresa tomaria este tipo de decisao, afinal de acordo com regulamento interno do fundo teriamos:

1 Renda Vitalicia ate 85 anos de idade + Beneficio Definido apos tal data para aqueles chegarem nesta idade.

2 Reversao da Renda para a Conjuge ate o fim da vida e apos isso aos herdeiros homens 21 anos e 24 mulheres quando solteiras (tenho 53 anos e um filho de 6 anos)

3 Recebimento de 13º Salario

4 Correcao do saldo em NOV de cada ano pelo IPC

5 Recebendo praticamente o mesmo salario da ativa.

Como o Sr pode observar é o tipo de rendimento que não se encontra em lugar algum. Independente disso solicitei ao meu banco um calculo estimado que na hipotese da portabilidade qual seria o resgate em 24 meses (sei que nao existe almoco gratis)

Sou uma pessoa simples e ja possuo imovel proprio, nao tenho ambicao de ficar rico a ideia e preservar o patrimonio. A unica coisa que faço questao e viajar uma vez por ano, seja ao Exterior ou aqui no Brasil mesmo.

Meu perfil é mais para o conservador, mas atualmente meu capital (excluindo as cotas a serem resgatadas) conquistado com muito suor tenho 15% em FIIs, 10% em Acoes (que diga-se de passagem gracas a este forum) peguei umas pechinchas, e 75%em renda fixa.

O meu plano e ter uma carteira mais ou menos de 30% de FIIs, 10% Acoes, 10% Multimercado, 5% Debentres Incentivadas, 5% Fundo Cambial e 40% renda fixa.

Mais uma vez, muito obrigado!!!!

334328 - paulo_prof -  17 Fev 2017, 17:54
Como se diz por aí ... cada caso ... é um caso! E no seu caso, a decisão não necessita ser radical, do tipo 1 ou 2 acima. Vc pode usar a portabilidade, transferindo de 0% a 100% do capital disponível. Provavelmente, a virtude estará em algum ponto mediano ... aurea midiocritas!

Considere também o seguinte. Durante muitos anos, apesar de minha esposa fazer a declaração de ajuste em separado, ou seja, não ser classificada como minha dependente, todos os ativos financeiros do casal estavam sob o meu cpf!

Tremenda idiotice! Se a legislação permite efetuar o "giro" mensal gratuito de ações até o limite dos R$ 20 mil, por que não faze-lo? Alguém poderá argumentar que este giro limitado, a R$ 20 mil mensais, refresca pouco numa carteira de milhões ... é verdade, mas pelo menos dá o gostinho de pagar menos IR ... rsssss e, dependendo da composição da carteira, também pode ser útil numa carteira de milhões.

Na minha experiência, numa carteira de ações cujo tamanho é aprox. R$ 400 mil, o giro dos R$ 20 mil pode funcionar muito bem. Pensando num casal, seriam R$ 800 mil de ações em 2 carteiras. Pensando em alguém como vc, cujo plano é montar uma carteira que tenha somente 10% de ações, significaria uma carteira de ativos financeiros do casal que totaliza R$ 8 milhões.

A pergunta que vc deve fazer é, considerando todos os seus ativos financeiros, qual é o espaço que há para ações. A esposa é dependente? Por que? será que não vale a pena ela declarar em separado? Se não é dependente, as ações da carteira do casal estão divididas entre os 2 cpfs? Por que não?

Por outro lado, renda fixa e PGBL são, de certa forma, sinônimos. Um bom PGBL pode funcionar como um bom investimento em renda fixa. Se vc pretende atingir um percentual de 40% dos ativos em renda fixa, junta o seu capital da previdência em discussão no bolo e considere um PGBL bem escolhido como pelo menos parte dos 40% que vc pretende atingir. Esta parte seria constituída com parte do capital que será liberado.

334329  - CPM22  -  17 Fev 2017, 18:35
Prof. muito boa suas considerações, principalmente no que tange a carteira de acoes pois declaramos em separado, realmente ao inves de ter uma alocacao de 10% posso ter 15% ou 20%, 10% para cada CPF.

Nao havia pensado em migrar parte dos recursos para um PGBL, como bem disse nossos colegas Ronimendes e tiagohv indicando o Icatu tem previdência privada administrada pelo Fundo Verde e pelo ADAM Capital.

Como não penso em "mexer" nestes recursos destinados a uma PGBL tão cedo e uma variavel a ser considerada, avaliando a possibilidade em converter em renda vitalicia ou para resgates.

Pretendo me aposentar no meio deste ano, assim terei mais tempo para me dedicar ao estudo, coisa que ate hoje nao pude fazer.

Caso tenha algum PGBL que considera bom, agradeceria para uma avaliacao.

Tiago curiosidade....
Quanto rende atualmente estes seus ffundos?
Obrigad

São fundos de previdência multimercados agressivos então cada mês é uma surpresa, mas no longo prazo eles tem vencido o CDI com folga. Enquanto previdência ambos tem históricos recente(menos de 1 ano) mas olhando o retrospecto desses gestores em fundos em que estiveram a frente, é muito interessante. O Fundo de Previdência do Adam esse ano está com 9,75% e o Verde 3,42% mas como o Gestor do Adam escreveu na carta de gestão de Janeiro, foram meses atípicos pois raramente vários fatores se convergem ao mesmo tempo para o que eles acreditam, por isso essa performance tão acima.

334226  - MuadibGV  -  15 Fev 2017, 19:47
Sobre o debate de previdência, regime de capitalização individual x solidariedade entre gerações, tb creio que o regime de capitalização individual é o mais justo: o cara recolhe e depois colhe os frutos. Possivelmente pode escolher tb o gestor e se responsabiliza pelos resultados. E pode contratar um seguro de vida ou algo semelhante se quiser diminuir os riscos.

Mas o problema pra adoção desse modelo no Brasil é o custo de transição que é muito caro. Hoje o governo federal, os estaduais e municipais fazem a conta do quanto entra de contribuição de ativos (X) e o quanto paga de previdência para aposentados e pensionistas (Y). Esse déficit que alardeiam é o Y - X. É basicamente um regime de caixa, entradas contra saídas.

É diferente da Previ, por exemplo, que tem um conjunto de aposentados e aposentáveis que tem contrato pra receber um certo valor. A Previ pega a expectativa de vida dessas pessoas, calcula o quanto vai ter que pagar e depois compara com seu patrimônio, que vai ter de suportar esses pagamentos de benefícios. Se o patrimônio suporta, beleza, podem até devolver dinheiro. Se não, pedem mais capital dos empregados e empregador pra fechar a conta. Isso é o que chamam de cálculo atuarial.

No caso de um governo qualquer resolver bancar a transição do regime atual de solidariedade pra capitalização individual, as contribuições dos ativos (o X) em vez de ajudar a pagar as aposentadorias teria que ser direcionada para os fundos dos ativos. Ou seja, o déficit seria de Y em vez de Y - X. Qual governo vai querer se amarrar dessa forma (porque ficaria sem recurso pra mais nada) para algum outro governo lá na frente se beneficiar das mudanças? Ou seja, precisamos de alguém com muita visão e desprendimento pra bancar uma mudança dessa.

332702 - roger35 - 19/Jan/2017 11:57
ronimendes(post 332644), Prof Paulo, small ou outros colegas do forum
No caso da sucessão (para familiares) por VGBL, como se faz essa transferência/aporte dos recursos no VGBL? Necessita abrir uma holding? Vale para imóveis ou apenas aplicações financeiras?

332709  - Ronimendes - 19 Jan 2017, 12:49
Roger35 Todo o montante num plano VGBL (ou PGBL) será distribuido entre os beneficiários indicados pelo titular, nas % definidas para cada um, no.caso de morte do titular. Não tem q montar holding familiar não. No exemplo que eu citei aqui, o senhor que deixou a herança para os filhos e netos num plano VGBL, fez o Que? 1) todas as aplicações de renda fixa foram transferidas para o plano 2) todas as ações foram vendidas e o.dinheiro transferido para o plano. 3) ele tinha alguns imoveis: vendeu todos e o.dinheiro foi colocado no plano. Os últimos anos da vida dele, morou de aluguel e vivia dos rendimento do plano VGBL. Esclarecido?

332712  - Ronimendes -  19 Jan 2017, 12:57
Note bem... Ele não recebia benefícios do plano. Ele retirava os rendimentos. Quando vc contribui para um plano e atinge a idade indicada no plano para aposentar (q pode ser mudada a qualquer momento), vc tem a opção de escolher receber um benefício, calculado em cima do montante acumulado. Se vc fizer isso, o montante DESAPARECE. Se ficou interessado, pesquise mais sobre isso e fale com um assessor financeiro competente. Se vc está pensando sobre holding familiar, tenho informações de que os corretores da Prudential fazem isso.

332726  - paulo_prof  -  19 Jan 2017, 16:39
No Brasil, ações, cotas, quinhões de capital, etc. estão associadas ou a um único CPF, ou a um único CNPJ. Outros ativos, como imóveis, podem estar associados a mais de um CPF.

Como não me passa pela cabeça adquirir um CNPJ para a família, o único "planejamento" que estou fazendo é tentar equilibrar a distribuição dos ativos financeiros que detemos entre os 2 CPFs.

No que concerne as filhas, sinceramente, não estou minimamente preocupado. Receberam a educação mais do que suficiente para se virarem pelas próprias pernas, ou seja, quando algum de nós tiver que ir desta para a melhor, o que vier para elas deverá ser encarado com "extra". Não estou nem ai se o leão vai garfar mais ou menos do patrimônio.

332727  - agressivo2  -  19 Jan 2017, 17:24
Paulo prof,faço declaração em conjunto com minha esposa, no caso de falecimento, ela pagaria IR pra ficar com minhas ações (está tudo no meu cpf), não paga nada? você sabe como fica esta transição?

332734  - paulo_prof   -  19 Jan 2017, 18:00
A declaração nada tem a ver! O que importa é o cpf sob o qual estão registrados os ativos. Se estão todos em seu nome/CPF, não tem jeito: vai pagar imposto.

Mesmo se vc tiver uma única conta conjunta, eu acho vantagem operar na bolsa com 2 cpfs. O que não sei é se na declaração for conjunta, ela continua com a isenção de IR na venda de 20k em ações. Se ambos vcs venderem abaixo dos R$ 20k por mês, o leão não será informado pela corretora. Mas se vc declarar 2 ganhos de capital de pequeno valor, acho que a Receita vai glosar.

prof, utilizar 2 cpfs vai diminuir o imposto na proporção da carteira do que estiver vivo, correto? Não tem jeito de não pagar nada? E se estiver com dinheiro líquido na conta conjunta paga? Desculpa o monte de perguntas.

332761 - paulo_prof   -  19 Jan 2017, 22:04
Numa conta corrente conjunta, não há como separar o que é de um e de outro. Pela lógica, portanto, não deveria escapar da tributação. De fato, entretanto, na grande maioria das contas correntes, o saldo costuma ser aplicado em fundos de curto prazo ... e se está num fundo estará vinculado ao cpf do titular.

Por outro lado, saldo em conta sempre pode ser sacado e colocado embaixo do colchão!

Hoje em dia, aplicações também podem ser desfeitas se o cônjuge conhece o caminho das pedras (senhas) e uma vez que a grana foi pra conta ... bau bau. 

Aaaa professor, dê uma estudada em bitcoin. É ridiculamente fácil de transferir valores.

Mas, por hipótese, o valor a ser transferido está em ativos "amarrado" no cpf do cônjuge que morreu.

Bitcoins não são associados a um cpf. Em consequência, de fato, se ambos no casal têm a chave, o sobrevivente nada precisa fazer (por outro lado, se o sobrevivente não tem a chave, bau bau). Mas, para tanto, toda a carteira teria que ser constituída de bitcoins. Mas haja peito para colocar todos os ovos na cesta do bitcoim!

Nós estamos falando de um casal que administra uma carteira de ativos (pode até ter bitcoin também) ... e um dos dois morre. Não é uma questão simples de transferência de grana.

Aliás, como é que vc está gerenciando a sua carteira? O que ocorre se vc morrer? O seu caso é bastante distinto do meu. Afinal, vc ainda tem grandes responsabilidades para com a sua filha, coisa que há muito não tenho mais.

Opa, com prazer. Como vc, já pensei neste caso de bater as botas de uma hora pra outra, então anotei todas as minhas senhas de corretoras (minha e de minha filha) em papéis escritos a mão, que ficam juntos com meus documentos (já expliquei para minha esposa como proceder pra tudo, e tbm atualizo sempre as senhas a lapis). Como vc, já andei passando coisas pra outro CPF, como já expliquei antes, "emprestei" metade do que tenho para minha filha, a juros zeros por 50 anos (até lá conto com a inflação corroendo tudo, sendo q ela me devolverá tudo aos olhos dá Receita, me pagando um bom jantar kkk). Acho q infelizmente vc não tem essa opção. Qto ao bitcoin, é mole. Vc pode criar uma public key (ou uma conta corrente) imprimir em papel junto com a private key (a senha de sua conta corrente) e jogar o que quiser pra lá. Este papel fica com sua esposa ou filha e elas q se virem pra estudar bitcoin kkk. O mais delicioso é que, pra Receita, vc pode "gastar" bitcoins pra coisas. Digamos que vc declare que possui 100 bitcoins. No ano um vc "gastou" 20 BTC na Disney. No ano 2, 30 BTC... E assim em diante até zerar tudo. O importante é n converter em reais e acusar lucro (a legislação ainda é nublada, mas muitos associam bitcoin ao ouro, o q se traduz numa isenção de R$ 35.000 por mês de vendas).

Ah. Importante ressaltar que não convém ter tudo em apenas uma public key. Eu gerei umas 50, quebrando ao máximo minhas posses em BTC (segurança e fracionamento para gastos). Pra gerar os endereços faça o seguinte: 
1. Certifique-se q seu computador n tenha vírus (kkk), 
3. Imprima e guarde bem esse papel. Como vc tem medo de concentrar tudo em bitcoin, sugiro ao menos uma parcela da herança, talvez 10-20℅, vc pelo menos garante liquidez imediata (por exemplo, criando um cartão internacional e carregando-o com bitcoins) para seus herdeiros.

332580 - ronimendes - 18/Jan/2017 02:12
Sobre Previdência Privada,

já que foi comentado, ainda tenho um percentual muito relevante na carteira: 45%

Em virtude de meu plano ser PGBL com tributação regressiva, achei muito doloroso resgatar e pagar entre 15% e 25% de imposto sobre rendimentos e principal. Em 2015, resgastei uma parte que estava na menor aliquota (10%) e apliquei tudo em FIIs.

Meus planos estavam na Caixa e no BB, e o objeto de investimento são principalmente títulos públicos pós-fixados e um pouquinho de crédito privado.

Decidi fazer a portabilidade desses planos para fundos comercializados pela XP.


Fiz um portifólio com 3 fundos:

1) 37,5% no XP Horizonte RF (que aplica em títulos públicos e títulos privados - rentabilidade de 44% nos últimos 36 meses - cerca de 102% do CDI e PL de 500 milhões).

2) 25% no Fundo Verde AM Icatu (fundo novo da Verde Asset, multimercado, 1 ano de captação, 14% nos últimos 12 meses - parece seguir estratégia semelhando ao Histórico Fundo Verde).

3) 37,5% no fundo ADAM prev (este fundo é muito novo, multimercado, gerido pela ADAM capital - empresa fundada pelo Marcio Appel - antigo gestor do fundo Safra Galileo).

Vamos ver no que vai dar....

Nos útlimos 2 anos diminui bem o aporte nos planos que eu tinha, pra aproveitar a janela de oportunidade que havia sido aberta. Agora, estou com medo de fazer o resgate, pagar muito imposto e alocar mal...

Decidi deixar na mão dos profissionais...

Se me derem um retorno de 13-14% a.a., ficarei muito satisfeito.

332584  - paulo_prof  - 18 Jan 2017, 03:23
O meu PGBL era da Sul America, e por contrato garantia um rendimento mínimo de IGPM + 6%, mais um extra que nunca entendi direito como era calculado. Quando iniciei o plano, só havia o sistema de recolhimento de imposto progressivo. Como nunca me dei o trabalho de migrar para o sistema regressivo, a mordida seria de 27,5%.

Em dezembro de 2015, quando estava claro que os incompetentes do PT seriam defenestrados do poder, não tive dúvidas ... confiei que seria capaz de obter um ganho maior do que IGPM + 6%, mesmo considerando a mordida do Leão, e solicitei o resgate, que foi aplicado no mercado durante os meses de janeiro e fevereiro.

Eu esperava que a mordida total do Leão fosse realizada na fonte. Entretanto, não sei por quais cargas d'água, só uma pequena parte do IRPF foi efetivamente descontado (a parte do rendimento que não foi tributada terei que submeter à declaração de ajuste). Desta forma, a grana que estava "reservada" para o IRPF também rendeu ... e não foi pouco.

Moral da história ... queimar o meu PGBL foi uma das melhores decisões financeiras que fiz na vida!

332594  - letzow - 18/Jan/2017 11:44
Voce trabalha em algum lugar que tenha co-participacao da empresa/empregador proporcional aos seus aportes ?

Ou esse PGBL é somente seu , autonomo ?

Eu tenho PGBL com co-participacao da empresa, administrado pela Icatu. Acho o desempenho fraco. Porem nao cogito parar de contribuir pois eu aportando 10% do salario bruto, a empresa entra com mais 8% (3% fixos + 5% equivalentes a metade do meu aporte) , alem de eu nao pagar taxas de administracao, carregamento etc.


Se não fosse a co-participação da empresa, caso eu tivesse que investir sozinho, eu creio que nao teria PGBL algum e faria uma carteira diversificada com um pouco de tudo.

332598 - muadibgv - 18/Jan/2017 12:23
Meu PGBL (que está dentro daqueles 15% de RF q falei) está reservado para níveis de preço tipo 2008. Por isso nem cogitei em sacar ultimamente.

332605 - jonas_schwingel - 18/Jan/2017 13:00
Eu faço 3 controles de alocação.

Um do capital administrável, que chamo de 'investimentos': RF, RV e BTC.

Um da RV: Ações e FII.

E um geralzão, que inclui capitais não administráveis, que chamo de 'patrimonial': RV, RF, cotas de Fundo de Pensão, FGTS e BTC.

Considerando essa alocação geral, RF, Fundo de Pensão e FGTS somam 36,9%. Então quer dizer que, vendo por esse lado, estou até bastante conservador. Mas a verdade é que o que conta mesmo na minha fase atual são os recursos administráveis.

Encaro essas cotas do Fundo de Pensão e FGTS como uma espécie de sobremesa para ser adicionada à carteira após a conquista da independência financeira através dos recursos administráveis.

E o INSS já encaro como um dinheiro que nunca verei um centavo. rs

332606 - ronimendes - 18/Jan/2017 13:16
Letzow,
Comecei a contribuir para PGBL em 2000. PGBL próprio, não tenho copartipacao.
Também, nao tinha conhecimento algum do mercado financeiro, e peguei planos ruins.
Em 2004, optei pela tributação regressiva.
Ainda contribuo para o plano, mas bem pouco.
Fiz algumas simulações, depois eu posto, pq estou no celular.
Se vc conseguir um multimercado que consiga pelo menos o CDI, deixar aplicado no longo prazo, e aportar também a restituição do IR, o PGBL com tributação regressiva pode ser interessante.
Mesmo cobrando 10% de IR sobre o total (aporte + juros), no longo prazo pode bater títulos públicos, porque os rendimentos constituem a maior parte do montante no longo prazo, e o IR do Td é de 15%.
Se o plano bater o CDI no longo prazo, melhor ainda.
O problema eh que os planos oferecidos pelos bancos ficam muito aquém do CDI.
Aí, é uma escravização do poupador.
A noite eu posto algumas simulações.

332615  - letzow  - 18 Jan 2017, 14:21
Exato. Pelo mesmo motivo, eu sempre estou disposto a fazer uma alocação mais agressiva na carteira administrável, se o momento é oportuno, pois um ativo pode representar um percentual em relaçao a parcela administravel, mas muito menos se considerar o PL total.

Meu PGBL por exemplo no perfil "agressivo" que estava ate Novembro, o maximo de alocação em açoes é de 30% , e nunca chega nessa patamar.

Na minha carteira administravel portanto eu faço uma alocação maior em RV/Ações, para compensar o PGBL, e no consolidado total ter algo proximo do desejado.

332623 - guga10 - 18/Jan/2017 15:08
Também possuo os PGBLs da Verde e Adam.
Tenho esperança que eles rendam acima do CDI no Longo Prazo.

Semana passada a XP me falou sobre migrar a previdência privada para eles. Eu, como muita gente, entrei no BrasilPrev em uma época que não sabia absolutamente nada de investimentos, mas achava importante ter uma previdência complementar. Ademais, trabalhava viajando muito, impossível pensar em bolsa. Há uns três anos avaliei os rendimentos dos fundos da BrasilPrev e não fiquei satisfeito. Fiz algumas pesquisas e migrei para a Caixa Econômica (sem tx de carregamento e tx adm melhor). Na época o melhor plano que vi foi da Mapfre. Confesso que, apesar de ter dinheiro em bolsa, não me senti confortável em sair do BB para a Mapfre, até porque não conheço bem a empresa (e não pesquisei).

Acho que está na hora de uma nova rodada de pesquisa. Os produtos de previdência estão aumentando. A assessora que me ligou falou que basta passar o CNPJ dos fundos de previdência para ela pesquisar o rendimento em relação ao CDI e comparar com os produtos que eles tem. Acho que vou fazer isso e fazer a MINHA comparação também.

332878 - tiagohv - 22/Jan/2017 15:15
Jorge, eles da XP tem uma previdência muito interessante, chama XP Prev Horizonte RF, tem entregado 120-130% do CDI, aplicação inicial 10 mil e aportes de 500, 00/mês, bastante interessante, fiz para minha esposa. Se quiser arriscar um pouco mais a XP tem parceria com a Icatu onde tem os multimercados do Verde e Adam que falam por si.

Comecei em 2012 no BB, migrei pra Mapfre 1 ano depois que tava dando perto de 100% do CDI, 1 ano atras migrei tudo pro Verde na ICATU e 1 mês atrás portei 75% do saldo pro Adam também da ICATU que está "voando" no retorno mas o historico é recente. O gestor administrava um fundo antes de abrir o dele próprio que entregou nos últimos 7 anos CDI + 7%/ano, em entrevista ele disse que os investidores estavam exigentes e que ele nao considerava entregar nada abaixo de CDI+ 3%. O Verde tem dado um pouco acima do CDI. Verde e Adam 30mil aplicação inicial. 

332769 - alascio - 20/Jan/2017 00:13
Já o pgbl, no caso de falecimento do titular, o dinheiro é transferido para os indicados como benificiarios sem necessidade de passar pelo inventário. Neste caso recolhe 15% na fonte e depois entra como salário na declaração dia benificiarios, que poderão receber parte deste recolhimento na fonte ou pagar a mais em função da alíquota do imposto de renda.

Neste caso ignorasse a tabela Regressiva caso o titular tivesse optado por essa tributaçao ?

Depois de muito tempo quando o titular teria condicoes de ir resgatando pagando apenas 10%, ele morre, e o beneficiario paga 15% na fonte + aliquota do seu IRPF ? Nao faz muito sentido essa tributacao dupla.

Acho que não, letzow ... os 15% são uma antecipação para PGBLs sob a regra Progressiva. Para o PGBLs sob a regra Regressiva a tributação é definitiva (independentemente de quem saca, se o titular ou os seus herdeiros). 

332644 - ronimendes - 18/Jan/2017 17:39
VGBL tem a sua serventia para agilizar a transferência dos recursos para os herdeiros. É rápida, não tem burocracia, e ainda tem vantagens tributárias.

Recentemente, num curso de finanças que estava ministrando aos alunos, um deles me relatou que o avô, próspero, antes de morrer, liquidou todos os bens imóveis e transferiu todas as aplicações financeiras para um fundo VGBL, já estipulando o % destinado a cada um dos filhos e netos.

Com o falecimento, os recursos foram disponibilizados em 48h aos herdeiros.

Sem burocracia. Com poucos impostos. E sem brigas na família.

Foi bom ter adquirido este conhecimento. Eu nunca havia entendido muito bem o que levava as pessoas a aportarem num plano VGBL. Hoje eu entendo.

Muito bom. Fiquei curioso em ir pesquisar sobre isso. Espero viver ainda pelo menos o mesmo tanto uqe ja vivi, mas desde ja fico pensando em como transferir patrimonio (atualmente baixo, mas espero que seja consideravel no futuro) para meu filho, no momento com apenas 2 anos de idade.

Nesse caso do VGBL , parece uma boa alternativa para poder se preocupar com isso mais " em cima da hora" ,desde que previsivel.

Ja fazer via doacoes, dentro de limites com aliquotas de imposto reduzidas e/ou isentas, dependendo do estado, nunca é cedo demais para ir pensando como fazer e quando começar, a fim de fazer tudo da forma mais eficiente, dentro da legalidade, mas pagando menos imposto possivel.

O problema no caso da situação acima creio que apesar de facilitar a transferencia das titularidades , o senhor provavelmente arcou com inumeros impostos ao resgatar todos os investimentos ou ganhos de capital na vendas dos imoveis.

Letz
Já pensou em fazer um seguro de vida? Ele pode servir não só para pagar o inventário como também pra pagar os impostos futuros. De quebra vc leva vários mini seguros (casa, chaveiro, funeral) assim como auxílio invalidez e coisas do tipo.

332786  - letzow  - 20 Jan 2017, 11:05
Ja tenho como beneficio oferecido pela Empresa. No caso nao tem servicos vinculados, mas pagariam 60 salarios meus, para meus beneficiarios em caso de morte acidental e 30 natural.

Nunca vi detalhes, pois o custo para mim é zero deste seguro.

O dia que trocar de trabalho, ai sim vou procurar um para fazer de forma independente. 

321000 - chee bun - 02/Mai/2016 18:11
Prof Paulo ou demais forista,gostaria que me ajudassem em fazer o calculo da seguinte forma:
para um gasto de 30.000 mensais e inflação de 7% quanto preciso ter de capital para sobreviver 35 anos?pode me passar a formula?grato.

Caro, boa tarde A valores de hoje você precisaria de aproximadamente 4.808.881,16MM CÁLCULO: N=420 meses I= 0,5654 a.m (inflação ao mês) Pmt= 30.000,00 FV= 0,00 PV= ? Ao final de 420 meses você irá zerar os recursos. Acredito que a conta é essa. Abs

Fazendo uma conta rápida, com um capital de R$5 a R$6 milhões hoje, aplicados a uma taxa real entre 5% a 6%, você consegue fazer retiradas anuais de R$360 mil. Ao final dos 35 anos, no entanto, vai ter zero dinheiro.

Nesse tipo de cálculo, é mais fácil trabalhar com juro real. Assume-se que tanto sua retirada como seu rendimento estão sendo corrigidos pela mesma inflação.

Usando a fórmula que o jbegood informou, e juros reais (descontada a inflação) 

F = P (1+i)^n + M [(1+i)^n - 1]/i

faça

F = o valor real remanescente após os 35 anos = 0 (ou um valor maior que 0 se vc assim o desejar)
P = a resposta que vc está procurando, ou seja, o valor real que terá que ser acumulado
i = taxa media de juros reais mensais durante os 30 anos = por exemplo, 0,5% (que equivale a 6,168% reais a.a.)
M = retirada mensal real (corrigida pela inflação) = -30.000
n = 35*12 = 420 meses

então

P(1+i)^n = -M[(1+i)^n - 1]/i ou
P = -M[(1+i)^n - 1]/[i(1+i)^n]
P = 30000*(1,005^420 - 1)/((1,005^420)*0,005) = R$ 5.261.407 

318590 - jtiago - 05/Mar/2016 19:59
Prezados amigos, boa tarde!
Quero começar a investir em uma previdência privada para meu filho.
Vocês teriam alguma indicação?
O gerente da minha conta bancária tem apresentado produtos tão desanimadores...
Estou pensando em até mesmo montar para ele uma carteira FII/Ações, mas minha vida profissional ainda não me oportuniza tempo suficiente para dedicação.

Larga mão de previdência privada. Se não tem conhecimento de ações e fiis, faça aplicações em renda fixa e tesouro direto. Vá no site clube dos poupadores.com.br e leia os posts lá.

Caso opte por previdência privada, saia dos bancos de varejo.
Do que pesquisei bastante 3 anos atrás e acabei fazendo(é o que chamo da capital da preguiça..rs), fiquei com a Mapfre Corporate Renda Fixa.
Txa Adm: 1%/ano
Sem taxa de carregamento.
Ano passado rendeu 13,1%. 
Longo prazo, tabela regressiva chegando nos 10% de IR e podendo declarar e abater no IR não me parece tão ruim assim.

318594  - fredps -  06 Mar 2016, 03:58
Pessoal fiz minha previdência privada pgbl do fundo verde/icatu...vai minha sugestão aí....

Um PGBL com taxa de administraçao baixa e investido em renda fixa é bem melhor que aplicaçoes comuns de renda fixa, e pau a pau com LCI/LCA, DESDE QUE vc tenha paciência pra aguardar os 10 anos pra obter a alíquota mínima de 10% do imposto, por causa do desconto no ajuste anual do IR e do diferimento do imposto. 

317222 - M84 - 12 Fev 2016, 10:20
Prezados,
Alguém poderia me ajudar? Tenho dois planos de previdência complementar e gostaria de sacar o montante de um.

Pergunta, a incidência do I.R se dará de acordo com a data de abertura do plano, em 2009? Então eu terei mais de 6 anos e pela modalidade regressiva de I.R todo o rendimento seria taxado em 20%, ou a cobrança seria gradual, pagaria 20% pelo valor referente ao 1 ano, 25% referente ao 2 e 3 ano e assim por diante?
M84, a cobrança de IR seria gradual, de acordo com o tempo de cada aporte.

M84 se teu plano for PGBL(tabela regressiva)de 4a6anos onde tu te enquadra o IR 25% sobre o total aplicado.
OBS:a provocação continua

Cada aporte que voces fez, adquiriu X cotas.
É gradual o IR, de acordo com a idade das cotas. Se sacar tudo de uma vez, os aportes mais recentes seriam taxados pela aliquota maxima, se nao me engano de 35%.
Se eu estiver errado o proximo que responder me corrija

É isso ai... voce esta certo... o primeiro dinheiro que entra é o primeiro dinheiro que sai... cada contribuicao tem a sua data para contar ba tabela regressiva de IR.
Ou seja, se o cliente parar de contribuir nesse mes, a contribuicao desse mes so tera a aliquota minima do I.R. daqui 10 anos...
Dessa forma nao e bom negocio resgatar totalmente os dois planos... resgata um pouco de cada um...

É só uma opiniao... 


262505  - dusteffen  -  02 Jun 2014, 15:28
Off-topic: Aposentadoria


02/06/2014

Foco no equilíbrio

Por Janes Rocha | Para o Valor, do Rio


Qualidade de vida é o mínimo que se espera da aposentadoria. No Brasil, porém, essa perspectiva está ameaçada para a maioria da população, e mesmo para aqueles que já poupam para o dia em que pararem de trabalhar. A velocidade de envelhecimento da população é maior que em outros países, mas perde para a velocidade de reajuste de preços dos serviços médicos - tão necessários nessa nova etapa da vida. Ao mesmo tempo, o dinheiro poupado não é corrigido na mesma proporção.

A longo prazo, a conta parece difícil de fechar. "A longevidade é boa para todos, mas tem impactos", diz José Cechin, diretor-executivo da Federação Nacional de Saúde Suplementar (Fenasaúde). Com base nas projeções oficiais, Cechin mostra que o Brasil ainda é um país de poucos idosos em relação à população total, mas alerta que a quantidade de pessoas acima de 60 anos está avançando. A expectativa é de que, em 30 anos, chegará à mesma relação que a França levou 120 anos para alcançar. Eram 7% de pessoas acima de 60 anos em 2011, número que subiu para 11% em 2013. Em 2030 serão 19% e em 2060, 34%.

Atualmente, cada grupo de cem brasileiros com idades entre 16 e 60 anos - a população economicamente ativa - sustenta a aposentadoria de 17,4 idosos. Em 2030, o mesmo grupo estará sustentando 29,8 aposentados; em 2050, 52,9 e em 2060, 64 idosos. "Cada idoso terá menos de duas pessoas para sustentá-lo", alerta Cechin.

"Por enquanto, o Brasil está no pico da mão de obra, o chamado bônus demográfico", diz Osvaldo do Nascimento, presidente da Federação Nacional das Empresas de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), referindo-se ao fenômeno em que a quantidade de idosos é menor do que a de adultos e crianças, portanto existe mais gente trabalhando e produzindo para sustentar os velhos.

Mas essa fase benéfica da demografia vai começar a baixar a partir de 2020 - ou seja, daqui a seis anos -, porque a taxa de fertilidade das brasileiras vem caindo há 30 anos e o número de crianças que nascem não é suficiente para compensar a mortalidade. O resultado é que a relação tende a se inverter: haverá mais velhos e menos gente para sustentá-los. Essa questão tem provocado reflexão por parte das autoridades, da academia e dos formuladores de políticas, produtos e serviços.

O sistema previdenciário brasileiro foi apontado como o segundo menos sustentável do mundo, depois do da Tailândia, em um estudo conduzido pela seguradora alemã Allianz que analisou 50 países. A Austrália, a Suécia e a Nova Zelândia estariam na outra ponta, dos mais sustentáveis.

Para se aposentar no Brasil, a idade mínima é de 60 anos para mulheres e 65 anos para homens. Mas basta que uma mulher tenha 30 anos de contribuição e o homem 35 anos para ter direito ao benefício, mesmo sem ter atingido a idade mínima, o que pode representar a aposentadoria aos 50 anos ou até menos. Como a expectativa de vida do brasileiro é de 74,6 anos, segundo o IBGE, significa que as pessoas podem viver mais tempo de aposentadoria do que o período que passaram contribuindo para o sistema.

O índice de sustentabilidade de pensões da Allianz avalia as condições de aposentadoria dos países vis a vis o ritmo de envelhecimento de sua população. Por essa análise, o sistema do Brasil padece com uma alta taxa de substituição - quando o mesmo benefício é transferido para outras pessoas -, somada às opções de aposentadoria antecipada e ao rápido crescimento da população de idosos.

Já na Austrália, o Estado garante uma aposentadoria mínima para cobrir as necessidades básicas e evitar que o cidadão caia na miséria; qualquer rendimento adicional deve ser gerado a partir de fontes financiadas por meio do sistema de capitalização privado. Além disso, a taxa demográfica da Austrália é mais favorável em termos da relação jovens-idosos no presente e para o futuro.

Osvaldo do Nascimento chama atenção para o fato de que o país tem 25 milhões de pessoas aposentadas nos setores público e privado, e cada aumento de R$ 1,00 na pensão dessas pessoas representa R$ 25 milhões ao Estado. "Não é à toa que o déficit da Previdência Social chega a R$ 100 bilhões", afirma.

O sistema de aposentadoria brasileiro é baseado em um tripé. Uma das pernas é o Regime Geral de Previdência Social, que cobre os trabalhadores do setor privado com recursos públicos gerenciados pelo INSS. A segunda perna é o sistema de previdência complementar privada, composto pelos fundos de pensão fechados e abertos e os fundos de previdência oferecidos por seguradoras (PGBL e VGBL). O terceiro suporte desse tripé são os incentivos fiscais para a poupança voltada à aposentadoria - dedução do Imposto de Renda.

O sistema privado administra 17 milhões de planos de aposentadoria com poupança acumulada de R$ 350 bilhões, valor que aumentou cem vezes nos últimos 20 anos. O perfil predominante das pessoas que fazem poupança particular para a aposentadoria consiste naqueles que ganham acima do teto da previdência social (R$ 4.390,24), recebem salário, pagam impostos e estão preocupados com o pagamento do plano de saúde na última etapa da vida, quando as mensalidades dão saltos muito acima do reajuste das aposentadorias.

Saúde é um tema que está rapidamente entrando nas discussões sobre longevidade. Segundo Cechin, da Fenasaúde, os prestadores de serviços médicos têm feito reajustes de até 800% a 900% nos últimos cinco anos, percentuais dezenas de vezes acima da inflação. Os custos da medicina têm se comportado fora da norma legal dos planos de saúde, em que as mensalidades para os mais velhos não podem ser maiores que seis vezes o custo para os jovens.

Diante dessa realidade, fica uma certeza: vamos ter de pagar mais para sustentar os mais velhos. Mas quanto? E como?

Não há respostas fáceis, mas crescimento econômico é fundamental, diz Osvaldo do Nascimento, lembrando que só com uma expansão de pelo menos 4,5% ao ano será possível gerar renda suficiente para quem está na ativa poder contribuir mais para o sistema público ou privado. "Para isso é preciso investimentos de longo prazo que só se viabilizam com estabilidade econômica e controle da inflação", diz o presidente da Fenaprevi.

"Inflação em alta é totalmente nocivo para a poupança de longo prazo", reitera Andrea Levy, assessor da presidência da seguradora Mongeral Aegon. Para ele, é preciso avançar na questão da aposentadoria para além da poupança, olhando também para os custos de saúde que vão impactar os recursos economizados para a velhice. No leque de possíveis soluções, Levy enumera a regulamentação de planos de previdência em que parte da renda forme um fundo para cobrir os custos de saúde, uma espécie de VGBL Saúde. "Seria uma troca de reservas entre PGBL, VGBL e planos de saúde", explica.

Leia mais em:
http://www.valor.com.br/financas/3570418/foco-no-equilibrio# 

marceleberle
Hoje eu invisto uns 7% do meu salário bruto no PGBL, pensando por esse lado que você falou, do desconto daqui a 10 anos e no abatimento da renda tributável, o ideal é investir o máximo de abatimento, 12%, não?

Se o aporte for contínuo, você sempre terá algum capital abaixo de 10 anos que sofrerá o desconto de IR segundo a tabela optada.

No caso da minha simulação de resgate é exatamente isso que está acontecendo. Uma fração mínima do que tenho está na faixa dos 10 anos (10%) enquanto as demais o leão vem com força e leva 35% caso eu saque.

O "benefício" do PGBL é na verdade uma postergação de tributação. Só passa a ser benefício de fato quando você leva o capital investido hoje para uma faixa de tributação abaixo do que você já paga naturalmente (isso é o que me parece... mas não é algo que eu tenha concluído com muita convicção). Portanto, se você hoje desconta na faixa de 27,5%, a grana que recolhe hoje no PGBL só passará a ter benefício de fato quanto alcançar a faixa de 25% de tributação, antes disso é empurrar com a barriga. Mas ninguém faz plano de previdência com intenção de sacar no CP não é mesmo?! Só estou especulando sacar porque não estou vendo nenhuma vantagem real em mante-lo. 

233898 - marceleberle - 07 Jan 2014, 15:12
Para tudo!

Espera aí, PGBL incide sobre o valor investido? Porque se não é renda? Renda é o lucro que eu obtenho, não tem lógica pagar imposto de renda sobre um capital que eu ja paguei o imposto anteriormente, pois ele veio da minha renda pessoal e eu o investi, não é verdade?

Eu tenho BB PGBL também, há 1 ano e vou ter que dar 35% do capital q eu investi se quiser sacar? Isso é roubo!

mas esse capital voce nao pagou ainda imposto de renda.
Todos os aportes no PGBL ate um limite de 12% da renda, sao deduzidos da renda tributavel, e voce so paga IRPF sobre o restante (ja deduzidos o que foi para o PGBL).

Entao ao inves de pagar IR hoje, voce coloca no PGBL, e pagara o IR no futuro, apenas no resgate, de acordo com a tabela optada.
No caso da regressiva, se ficar mais de 10 anos, pagara apenas 10% de IR, contra possiveis 27,5% hoje..... e durante esse tempo o imposto que voce ainda nao pagou esta rendendo la no mesmo bolo, como se fosse seu capital.

Apesar da rentabilidade baixissima que a maioria dos planos obtem no PGBL, para quem tem co-participacao da empresa proporcional ao aporte feito, vale a pena.

No meu caso, alem do salario, empresa coloca fixos 3% do meu salario bruto la, e mais 50% do que eu colocar.
Como eu coloco 10%, ela acrescenta mais 5% alem dos 3% iniciais fixos.
Entao sao equivalentes 18% do meu salario que vao para o PGBL, sendo que de minha parte saiu apenas os 10%, e eu "ganhei" de graça os outros 8%, sem pagar taxas de carregamento, administracao, etc.

Se eu optasse por receber no salario, nao so deixaria de receber (no futuro) a contrapartida da empresa, como o valor adicional liquido depositado como salario teria o desconto de 27,5% de IRPF (que pretendo pagar apenas 10% em algum dia do futuro....)

Nestas condições, nao posso deixar de congtribuir para o PGBL, e fazer aportas direto na bolsa apenas com o tanto extra que eu consigo economizar, pois por maior que for minha rentabilidade, dificilmente compensaria deixar de levar a contrapartida de 50% da empresa adicional , proporcional ao meu aporte.

233916  - marceleberle  -  07 Jan 2014, 16:01
letzow agora a pergunta que não quer calar, e seu pagar PGBL mas não declarar no IRPF, eu paguei o imposto sobre meus rendimentos certo? E aí como fica o resgate?

Eu sei que a função do PGBL é também diminuir a renda tributável mas é se por erro eu não a declarar?

No seu caso é simples optar por se manter no plano, afinal, possui benefícios extras do seu empregador. O problema é que sou empregado do povo brasileiro que é capitaneado pela "Nossa Senhora de Brasília" como o prof. Paulo sabiamente a define, e tenho 0 de aporte extra, entretanto, estou sob a benesse da aposentadoria de um servidor público...

Portanto, não está claro pra mim se faz ou não sentido me manter em um PGBL... 

rappdav
Vou me adiantar ao Elias...
No PGBL o IR é sobre o valor total do resgate. Aí que está a pegadinha.

rnelias
Pelo que percebi não é sobre o valor total não. Porque fiz a simulação do resgate total e apareceu uma tabela com as frações e os percentuais de desconto. O problema é que isso entrará na declaração do ano que vem e, dependendo do ajuste quando somar a renda tributável auferida este ano, poderá vir outra paulada.

Por exemplo, o que foi descontado em 15%, ao se somar ao montante recebido este ano, que naturalmente desconta no topo da tabela, gerará um saldo residual (mais imposto) na declaração do ano que vem. Acredito que acontecerá isso (ou falei besteira?!)

233881  - rappdav  -  07 Jan 2014, 14:25
Sempre achei que fosse sobre o total...
Agora confundiu.

VGBL - Não se abate do IR no ajueste anual porém no resgate o IR quando sacado é "apenas" sobre o lucro...

PGBL - Deduz IR no ajuste porém o IR é sobre o todo.....pra cogitar valer alguma coisa a pena tem que fazer aderir aquela tabela de IR que chega nos 10% após 10 anos de contribuição...

Não sei o valo que você tem aplicado, mas se for um valor razoável(pelo menos 15 mil) negocie a taxa de carregamento...

Tenho Prev Privada por "preguiça"..é a parte do dinheiro que não quero pensar...rsrs....mas eu pego o que recebo de restituição e aplico na bolsa. Tem consultores que dizem que pra valer a pena tem que pegar a restituição e reaplicar no plano(caso nao ultrapasse os 12%)...aí vai de cada um.

Acho que temos o mesmo plano....aquela josta de PGBL da BrasilPrev Ciclo de Vida...confere???rsrs...

idem...a mesma "josta"...

233899  - MuadibGV - 07 Jan 2014, 15:15
Tb tenho esse negócio, no PGBL a tributação é total sobre o resgate. Vc tem duas opções (a opção é feita no momento que vc cria o plano): na primeira vc soma o resgate aos rendimentos tributáveis e cai na tabela anual do IR. Na segunda a tributação é regressiva de 35% a 10%, sem comunicação com seu IR.

Quando fiz esse plano me dei ao trabalho de simular no excel e não tenho dúvida que é superior a uma aplicação de renda fixa tradicional SE vc estiver na faixa de 27,5% do imposto de renda e tiver alguma paciência.

Se o rendimento caiu muito ano passado deve ser porque tem renda variável no meio. No meu caso é 100% renda fixa, acho uma boa ter essa reserva.

Outra vantagem (bater na madeira três vezes) é que não transita pelo inventário, vai direto para os beneficiários indicados.

Eu tenho da Icatu, lá não tem taxa de carregamento. 

233860 - rnelias - 07 Jan 2014, 13:25
Pessoal, retornando a um assunto recorrente aqui do fórum e nada conclusivo (igual a questão de morar em imóvel próprio ou alugar rs). Estou seriamente inclinado a liquidar minha previdência privada. Inicialmente eu havia feito para fins de abatimento de IR e, como estava no mercado informal, para ter algum seguro caso acontecesse algum imprevisto. Atualmente a situação mudou sobremaneira e só me beneficio do abatimento fiscal no IR.

Daí vem a parte incômoda da história:

1o). O abatimento de IR dos planos PGBL é bem relativo. No meu entendimento, eles só postergam a tributação para estimular a manutenção do plano por um longo período porque, se eu sacar hoje, uma boa parte da grana vai ser descontada e no topo (35% de IR!!!!)

2o). O rendimento do meu plano está bem aquém do que tenho conseguido ao gerir meu próprio tutu aqui no cassinão. Com o IBOV derretendo no belo governo da sargentona, o rendimento do fundo nos últimos 12 meses foi de -16.336% (estou pagando para alguém fazer minha grana derreter?! O.o)

3o). A mardita da taxa de carregamento. Como citei no item anterior, estou pagando para um gestor desvalorizar minha grana.

Minha conclusão é que parece valer a pena realizar esse prejuízo do IR e partir para a gestão ativa do meu tutu...

Renato
também tenho um mico destes, coisa de tempos passados...e louco pra cair fora!
minha questão: o IR é sobre os juros??ou incide sobre o principal?

Liquidei o meu em 2003 no antigo Banco Real.....o IR naquela época era outro se não me engano.

Não me arrependi nadinha!!!

233874 - rappdav  - 07 Jan 2014, 14:02
Vou me adiantar ao Elias...

No PGBL o IR é sobre o valor total do resgate. Aí que está a pegadinha.

Poizé padrinho... eu olho aquela grana lá parada (e desvalorizando!) e dá uma pena rsrsrs

Los Gomes, a tributação segue uma tabela de acordo com o tempo da contribuição. No BrasilPrev (BB) dá para simular e fiz aqui de manhã. Tem desconto de IR de 15, 20, 25, 30 e 35%. No final, praticamente 1/3 do que tenho acumulado vai para o bolso da Dilma e seus comparsas. Mas seria como realizar um (baita) prejuízo para, no mínimo, deixar a grana em FIIs...

Eu ainda não fiz isso porque tenho pago um valor que considero alto de IR anualmente e ainda não simulei o efeito sem o "desconto" da previdência.

233877 - rnelias  -  07 Jan 2014, 14:14
Pelo que percebi não é sobre o valor total não. Porque fiz a simulação do resgate total e apareceu uma tabela com as frações e os percentuais de desconto. O problema é que isso entrará na declaração do ano que vem e, dependendo do ajuste quando somar a renda tributável auferida este ano, poderá vir outra paulada.

Por exemplo, o que foi descontado em 15%, ao se somar ao montante recebido este ano, que naturalmente desconta no topo da tabela, gerará um saldo residual (mais imposto) na declaração do ano que vem. Acredito que acontecerá isso (ou falei besteira?!)

233880  - los_gomes - 07 Jan 2014, 14:21
A "coisa"é pior do que imaginei....mas tem muito neguim nesta fria...

Meus planos de previdência só dão prejuízo; devo sair ou esperar? - InfoMoney
Veja mais em: http://www.infomoney.com.br/onde-investir/infomoney-responde/noticia/3121989/meus-planos-previdencia-dao-prejuizo-devo-sair-esperar

Algo tem que estar errado em suas contas ...

Para uma alíquota máxima de 35%, vc só consegue pagar 33% de imposto se o seu plano tem menos de 4 anos !!! Os valores que vc investiu há 10 anos ou mais, bem como
Quanto maior é o valor atual de seu investimento, maior é o seu poder de negociação. Converse com quem entenda do negócio e que tenha poder de decisão ... hoje em dia, as seguradoras querem mesmo assegurar uma taxa de administração ... negocie o "enterro" de sua taxa de carregamento e minimize a taxa anual de administração. 

Ihh prof... posso até tentar mas negociar com o BB é a mesma coisa que conversar com a estátua do Drummond lá em Copa rs

Meu ponto é que o saque realizado hoje, entrará no bolo de rendimento tributável de 2014 (ou não?!), assim como o montante recolhido entrará como IR retido na fonte. Minha dúvida é se quando somar-se ao que receberei este ano, esse valor retido no saque da previdência não ficará aquém do necessário e ainda terei de pagar mais imposto (esse é meu medo).

Não ...

Se vc optou pela taxação regressiva, o imposto recolhido no saque é definitivo e o rendimento é classificado como tributado exclusivamente na fonte.

Se vc optou pela taxação progressiva, vc sofrerá uma retenção, na fonte, de 15%. Na declaração de ajuste vc terá que somar o saque do PGBL aos rendimentos recebidos de pessoas jurídicas ... no final das contas, vai pagar mais 11,5% sobre o saque.

Se, em valores reais, os seus aportes foram aprox. iguais ao longo dos anos, e vc escolheu a taxação regressiva, o IR efetivo que vc deverá pagar supondo contribuições durante 12 anos será de aprox. 22,5% ...

PS. Antes de falar com o BB, fale com um concorrente ... o PGBL tem portabilidade ...

antes de tudo feliz 2014 a todos aqui

eu fiz aportes em 2011 e 2012 no ORBE ICATU SEG PREVIDÊNCIA FIM. Depois reavaliei e não fiz aporte nenhum em 2013.

O fundo apesar da RV, está quase em linha com CDI.

Achei que a vantagem tributária (PGBL + regressiva) não é tanta assim. Então parei os aportes.

Porque não resgato?
é minha parte de RF (aloucação). Hoje pagaria 35/30% de IR.
se aparecer uma big bargain no mercado eu resgato. Enquanto isso já que tá lá deixa. E o IR vai caindo.

Ao aportar, recebi de volta 27,5%. Hoje pago 35/30 % se resgatar e tomo preju. (sempre sobre tudo)

Obrigado Prof!
Pelo que descreveu, acredito que eu esteja no regressivo mesmo... um amigo que era gerente da minha conta já havia me sugerido transferir a previdência para a CEF. O problema é que minha previdência é igual como citaram anteriormente: "-- Grana que você não quer ter trabalho...". Só me incomodou o fato dessa grana estar crescendo mais pelos aportes do que propriamente pelo esforço do gestor em faze-la crescer (bom, não está fácil para ninguém também...)

Sinceramente não entendi qual a vantagem da aplicação em PGBL frente a aplicações que rendem aproximadamente 10 % ao ano só em dividendos.

Dr Invest
Com a aplicação em PGBL seu ganho imediato (27,5% sobre o limite de 12 % da receita tributável) precisa de um período de maturação de 10 anos para que voce tenha direito a elisão de no máximo 17,5 % (27,5 % - 10 % a serem pagos na retirada) sendo que durante esse período seu dinheiro terá um rendimento pífio e sofrerá as taxas de administração (normalmente superiores a 2%).

Tudo bem, você pode alegar a diversifição dos investimentos mas acho quase impossível você encontrar um período de 10 anos em que as ações não superaram o redimento da renda fixa (se levarmos em conta seu conhecimento aí vira piada). Para mim esse nível de diversificação só faria sentido caso a disponibilidade fosse muito grande e aí já teríamos outras opções bem mais interessantes.

Ainda devemos levar em conta que durante dez anos dificilmente não encontraremos um período de crise onde fatalmente vc conseguiria retornos de mais de 100%.

Tenho aversão pessoal a que outras pessoas tomem conta do meu dinheiro, mas a vantagem do planejamento tributário me parece ínfima quando comparadas a ações de boas empresas, principalmente em um país como o nosso que fatalmente apresentará boas taxas de crescimento.

Posso estar errado, mas prefiro comprar imóveis (lembre-se que onde moro ainda consigo rendimentos próximos a 1 % ao mês mais valorização) a previdência privada, mas muitos aqui podem estar vendo o que não vejo.

Acho interessante que esse assunto seja mais discutido principalmente agora que o prazo para aplicação desse ano está se esgotando.

Estou plenamente de acordo companheiro, com exceçao que tenho como estratégia investir minha aposentadoria em "vacas leiteiras" e não imoveis.

Tenho 2 concursos públicos (como médico podemso ter), e penso em abrir mão dos 2 em breve, para quando puder me aposentar viver dos dividendos, FII s e tesouro direto e etc

Nunca pensei na previdencia privada como uma possibilidade vantajosa.

Gostaria que alguém pudesse me "provar" que ainda é interessante ter um plano de previdencia privada, para mim foi uma grande surpresa saber que "mestre" Small investe na previdencia privada... mas como ele é o CARA, estou curioso de saber seus argumentos...

Obs vale a discussão p qquer q queira se expressar tbm

23129 - small caps - 05/Dez/2009 23:34 
Excelente discussão!
Primeiramente Dr. Invest, penso como vc, quanto à estratégia de conseguir obter o fluxo de caixa necessário para não precisar mais vender 8 horas diárias de trabalho.

Em segundo, a Previdência privada representará ao término deste ano 6% do meu capital disponível de aplicações. Como tenho a meta de ter no mínimo 20% em RF, considero um local adequado para ficar durante o período.

Mas não é qualquer previdência. Primeiro que fiz o primeiro aporte numa Previdência no Bradesco há 9 anos. Naquela época tinha uma opção que garantia IGPM + 6% a.a. livre de qualquer taxa. Bom, ainda que tenhamos taxa real de juros negativa no futuro, como tantos países possuem, estaria seguro. O rendimento real é pequeno mesmo. Muito pequeno.

Porém, a minha aplicação inicial é na verdade 72,5% do capital que terei investido, ante a restituição de IR. Bom, já saiu ganhando um rendimento de 38% instantâneamente.

Sim, terei que quitar o IR mínimo de 10% na saída, daqui a 10 anos. Este valor, no entanto, é menor que a taxa mínima de 15% para outras modalidades de renda fixa. No futuro, ainda que os 10% incida sobre todo o montante, a maior parte será rendimento e não mais aplicação originária.

Outra parte estará num fundo na CEF que tem convênio onde trabalho. O custo é de 1% a.a. sem taxa de carregamento. Muito interessante, ante o longo período de diferimento tributário e nada de come cotas no intervalo. Dá mais que o tesouro direito quando se considera o diferimento fiscal.

Mas é claro, FII e Ações são opções muito melhores no longo prazo quando se entra no momento certo, bastante discutido por aqui, e se tem a visão necessário do "prazo de validade" do capital aplicado...

(estes 38% de ganho imediato na previdência privada ante o diferimento tributário são muito tentadores quando a SELIC anda abaixo de 9%. Algo como 4 anos para chegar lá.... se fossem juros REAIS. Mas os juros reais estão por volta de 3 ou 4%. Então, lá se foram no mínimo 8 anos... Dentro da renda fixa, portanto, considero imbatível. Claro, aquela renda fixa de RESERVA que não vai ser utilizar antes de 10 ANOS.

23130 - FOCKINK - 05/Dez/2009 23:35 
no meu caso é bom também...apesar de não saber quanto temos!!..na realidade quem tem plano de previdência privada é minha esposa...que trabalha pra Natura...ela entra com 6% do salário e eles complementam com mais 4%...

esta grana eu enm contabilizo como capital ainda...

FOCKINK
desculpem a ignorância...mas o que é taxa de carregamento???

23134 - small caps - 05/Dez/2009 23:41 
FOCKINK, taxa de carregamento é o que algumas instituições cobram quando você vai fazer o aporte do capital na previdência. Varia de 0 a 5%. A taxa de administração é uma taxa anual cobrada sobre o valor aplicado. Varia de uns 0% (raríssimos) até uns 4% (maior facada). E ainda tem a taxa de saída (acho que o nome é este), que se cobra quando há saque, geralmente antes de um prazo mínimo.

Todas elas variam de instituição para instituição. Algumas poucas oferecem ainda garantia mínima de rentabilidade. RARÍSSIMO. Como é aplicação de longo prazo, gosto quando se tem garantia mínima vinculada à inflação...

23146 - lucmendes - 06/Dez/2009 01:28
Acho esses PGBL´s uma grande enganação.

Dizem que você tem desconto no IR e blá-blá-blá, mas no ano que você precisar dessa grana (realizar o resgate) você tem que declarar como rendimento e será cobrado o IR de qualquer maneira (sobre todo o dinheiro e não apenas sobre o rendimento). Então não conte o abatimento do IR como "lucro".

Concluindo: Você paga a taxa de carregamento que é absurda (no Bradesco é de 4%), tem uma rentabilidade que é muito próxima (muitas vezes inferior) à renda fixa e ainda por cima não tem efetivamente desconto nenhum de IR.

O tal de PGBL só é bom pro banco. Não é à toa que eles fazem uma campanha absurda desse produto e ele tem crescido absurdamente nos últimos anos.

Não se iludam com ele. Small, acho que você não considerou o pagamento de IR no resgate nessas suas contas. O PGBL perde e MUITO para a renda fixa.

23149  - small caps - 06/Dez/2009 01:41
lucmendes, quando resgatar, lá por 2030, o imposto será de 10% e certamente o capital acumulado será muito mais composto por "rendimentos" do que por "aportes realizados".

O benefício é gigantesco até na saída, então, pois o imposto não será de 15% sobre o ganho.

Ademais, a parcela que pode ser utilizada antes de 10 anos está na renda fixa tradicional.

23150 - lucmendes - 06/Dez/2009 02:06
O imposto não será de 10%. Onde você viu isso? O IR será calculado como rendimentos e não apenas sobre "o rendimento". Dessa forma, o imposto será de 27,5% e sobre o total resgatado. Na renda fixa o imposto é seria de 15% SOBRE OS RENDIMENTOS. Além do mais, os 4% de carregamento que você pagou só seriam recuperados em 10 anos ou mais. Veja o seguinte exemplo:

PGBL
Depósito hoje (X): R$ 10.000,00
Rentabilidade hipotética ao ano: 10%
Depósito sem carregamento (X - 4%): R$ 9.600,00
Rentabilidade em 10 anos (1,1 ^ 10): 159,37%
Saldo final: R$ 24.900,00
IR no resgate (27,5% do total)): R$ 6.847,50
RESGATE FINAL: R$ 18.052,50
RENTABILIDADE FINAL: 80,52% EM 10 ANOS

RENDA FIXA
Depósito hoje: R$ 10.000,00
Rentabilidade hipotética ao ano: 8%
Rentabilidade em 10 anos (1,08 ^ 10): 115,89%
Saldo final: R$ 21.589,00
IR no resgate (15% sobre apenas o rendimento): R$ 1.738,15
RESGATE FINAL: R$ 19.850,65
RENTABILIDADE FINAL: 98,50% EM 10 ANOS

E repare que eu estou considerando 10% ao ano em PGBL e apenas 8% ao ano na renda fixa.

A DIFERENÇA É BRUTAL! PGBL é muito enganoso. É um produto mentiroso mesmo.

23151 - lucmendes - 06/Dez/2009 02:13
Se você considerar que a diferença de rentabilidade não é tão grande assim, a coisa piora e muito. Coloquei essa diferença grande pra você ver como o PGBL é ruim.

Em PGBL quem ganha é o banco pois embolsa a taxa de carregamento inteirinha só pra eles. Além da grana depositada que entrará pro ativo do mesmo, claro.

A propaganda que os bancos fazem sobre esse produto deveria ser proibida. Eu me senti lesado nessa história. Quando percebi a furada que cometi era tarde. Aliás, caí na malha fina por causa dessa porcaria de investimento.

23152 - small caps - 06/Dez/2009 02:21
lucmendes, sugiro a você um atento estudo à tabela REGRESSIVA de tributação do IR no caso de previdência privada.

Para auxiliá-lo, segue um linik: http://economia.uol.com.br/impostoderenda/2009/entenda-o-ir/previdencia-complem entar-diferenca-entre-regime-progressivo-e-regressivo.jhtm

23153 - lucmendes - 06/Dez/2009 02:30
Ahhh! Sim! Só de ver a tabela progressiva já percebi que houve uma boa mudança desde que eu caí na malha fina em 2004. O imposto não tinha redução.

Mas mesmo assim não creio que a vantagem seja boa. Vou recalcular esses exemplos outro dia pra ver a diferença. Mas aí colocando rentabilidades anuais bem próximas porque é a realidade. Acho difícil o PGBL mesmo com essas reduções superar a renda fixa.

23155 - small caps - 06/Dez/2009 02:39
lucmendes, calculei para você:
Agora o mesmo cálculo da forma CORRETA e com o mesmo retorno hipotético anual:
Considerei retorno de 10% a.a. para ambas as hipóteses e por um período de 10 anos:

PGBL
Depósito hoje (X): R$ 10.000,00
Rentabilidade hipotética ao ano: 10%
Depósito sem carregamento (X - 4%): R$ 9.600,00
RESTITUIÇÃO DE IR: R$ 2.750,00 ( VAMOS ATRIBUIR R$ 2.600,OO ao valor inicial para facilitar os cálculos, OK?) (SALDO INICIAL FICA R$ 12.200,00.
Rentabilidade em 10 anos (1,1 ^ 10): 159,37%
Saldo final: R$ 31.643,14
IR no resgate (10,0% do total)): R$ 3.164,31
RESGATE FINAL: R$ 28.478,82

RENTABILIDADE FINAL: 184,79% EM 10 ANOS (MAIS DO QUE O DOBRO DO CÁLCULO ANTERIOR!)

RENDA FIXA
Depósito hoje: R$ 10.000,00
Rentabilidade hipotética ao ano: 10%
Rentabilidade em 10 anos (1,10 ^ 10): 159,37%
RESTITUIÇÃO DE IR: NÃO HÁ DIFERIMENTO FISCAL.
Saldo final: R$ 25.937,00
IR no resgate (15% sobre apenas o rendimento): R$ 2.390,55
RESGATE FINAL: R$ 23.546,45
RENTABILIDADE FINAL: 135,46% EM 10 ANOS
OU SEJA, EM 10 ANOS, A PREVIDÊNCIA RENDEU QUASE 50% A MAIS QUE A RENDA FIXA.

Resta alguma dúvida acerca da utilidade do diferimento fiscal?

OBS: Evidentemente isto só é válido para quem faz declaração completa, está na faixa dos 27,5% e utilizará até 12% da renda bruta para abater IR.

23156 - Small caps. - 06/Dez/2009 02:45
Agora extrapolando para 30 anos, o montande líquido final ficaria em R$ 191.491,20 para a Previdência Privada e R$ 139.740,00 para a renda fixa.

Ou seja, a simples decisão de aplicar por meio da previdência parte dos seus recursos turbinou os resultados em 37% a mais de montante final.

Os R$ 51,7 mil a mais equivalem a nada menos que 5 VEZES O MONTANTE INICIAL APLICADO.

OBS: É claro que estes hipotéticos cálculos desconsideram a inflação do período, que certamente também terá sido gigantesca. MAS PARA AMBOS OS CENÁRIOS DELINEADOS.

23158 - lucmendes - 06/Dez/2009 02:53
Realmente o desconto progressivo de IR mudou tudo. Na época que investi isso não existia e como me decepcionei na primeira entrada nem quis mais saber do engodo.

Parece que eles perceberam que era um produto furado e consertaram a coisa.

Como o nome diz (previdência privada), tem que pensar em aplicar só pro longo prazo mesmo e por isso mesmo só é vantajoso após 8 anos de investimentos (onde igualam as alíquotas de IR).

23159 - small caps - 06/Dez/2009 03:05
lucmendes, mais precisamente a partir de 6 anos e 1 dia passa a ser mais vantajoso a Previdência Privada e a "vantajosidade" aumenta então ano a ano:

Mantendo as premissas iniciais, o saque líquido das aplicações de R$ 10 mil seriam, considerando a alíquota regressiva de IR e o ano completo. Desprezados os centavos e utilizado na renda fixa a menor alíquota de 15% (apesar de o correto ser 20% para o primeiro ano).

Previdência PGBL R$ Renda fixa. R$
ano 
1 8723 10850
2 10333 11785
3 11366 12813
4 13396 13944
5 14736 15189
6 17290 16557
7 19019 18063
8 22228 19719
9 24451 21542
10 28478 23546

Notem que nos anos completos 2, 4, 6, 8 e 10 há os maiores saltos de retorno no PGBL, em razão da mudança de alíquotas regressivas, respectivamente, 30, 25, 20, 15 e 10.

23160 - ZOTTI - 06/Dez/2009 09:32
Acho que aqui ninguém terá a previdencia privada como única fonte de renda na aposentadoria. E se for apenas uma pequena parcela do capital a usufruir na aposentadoria temos a vantagem de não pagar IR

Regime progressivo de tributação:

Benefício até 1.434,59 ao mês é isento de IR

na faixa de 1.434,59 até 2.150,00 paga 7,5% de IR

Então se o capital necessário com a previdência privada for baixo podemos não pagar nada de IR recebendo o benefício.

23162 - Born Labreda - 06/Dez/2009 11:26
É bom lembrar que as pessoas tem situações diferentes. As possibilidades de cada um é que podem dizer se vale a pena o PGBL. Para alguns, como profissionais liberais, a opção seria avaliar o VGBL.

Pelo que vi o PGBL pode ser interessante só pra quem se encaixa num perfil bem específico:

- Assalariado que faça declaração completa;

- Tenha acesso à PGBL com taxas baratas (carregamento, administração e saída);

- Escolha a tributação regressiva;

Ainda existe aqueles que têm mais uma vantagem:

- Trabalham numa empresa/instituição que também contribui com o plano de previdência do funcionário.

Pra quem não se encaixa nisso o PGBL pode ter um atrativo:

- Pode ser mais barato seguro de vida/acidente quando contratado junto com o PGBL. Mas tem de pesquisar e fazer conta.

23163 - uqaz - 06/Dez/2009 11:23
Camarada, o plano é de previdência COMPLEMENTAR. Não entendi sua colocação. A porcaria do INSS (que em teoria seria a previdência PRINCIPAL) somos obrigados a pagar, para supostamente, recebê-la posteriormente.
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