(3) FRANCO SUÍÇO, LIBRA ESTERLINA E MOEDAS "COUNTRY COUNTRY PRODUCERS OF COMMODITIES"
Quero tocar no seguinte aspecto: não ha necessariamente uma correlação direta entre "inflação" (evolução dos preços internos) e paridade de troca da moeda no mercado internacional, vejam o exemplo de TODAS AS MOEDAS EMERGENTES de países "PRODUCERS OF COMMODITIES", ou seja REAL, DÓLAR AUSTRALIANO, DÓLAR CANADENSE, RAND SUD-AFRICANO,RUBLO RUSSO na epopeia das commodities até 2007...TODAS SEM EXCEÇÕES PERFORMARAM DE FORMA EXPRESSIVA em relação as moedas conservadoras, o R$ chegou a ser cotado 1,50 por us$ e cerca de 2,30 por Euro,/ 1 us$ = 28/30 Rublos Russo - ISSO MESMO em condições de ser países (na época) com inflações resilientes e taxas de juros "reais" bastante acima dos parâmetros dos países evoluídos. E NOTEM, não da para plotar dados por conta de tempo e espaço. DE FORMA QUASE SIMÉTRICA, como na crise da derrocada dos preços das commodities TODAS sofreram desvalorizações expressivas, no tocante especifico maiores para o REAL e para o RUBLO.
Entendo que a maioria desses países estão hoje com as contas externas mais ajustadas ( caso Brasil) e em condições de passar por possíveis/prováveis momentos de "RISK OFF" sem aquela volatilidade já vista, ou seja NO CASO ESPECIFICO DO REAL, não vejo para o ano que vem, devido a inevitável transtorno da Eleição Presidencial, uma volatilidade grande relativamente a TAXA DE CAMBIO.
DEVO RESSALTAR TAMBÉM QUE TODAS ESSAS MOEDAS ACOMPANHAM UM ÍNDICE "DOLLAR INDEX" que é o OPOSTO do DÓLAR, assim composto:
EURO (EUR), 57.6%
Japanese yen (JPY) 13.6%
Pound sterling (GBP), 11.9%
Canadian dollar (CAD), 9.1%
Swedish krona (SEK), 4.2%
Swiss franc (CHF) 3.6%
Ou seja na perspectiva de ENFRAQUECIMENTO DO DÓLAR, as MOEDAS EMERGENTES se comportariam de uma forma de mais correlação ao Euro.
FRANCO SUÍÇO é basicamente simétrico ao OURO e INVERSO ao DÓLAR, ou seja em caso de "Risk Off" há uma tendencia a procurar o Franco Suíço como proteção. Teve uma procura grande na CRISE DA DÍVIDA DOS PAÍSES DA EUROPA MEDITERRÂNEA,E A SUBSEQUENTE CRISE DOS BANCOS EUROPEUS quando foi até preconizado o FIM DO EURO, o que não teria dado o retorno das MOEDAS DO S.M.E., mais ao "desmembramento de Euro" em um "EURO TEUTÔNICO" (Alemanha/França) e um "EURO MEDITERRÂNEO" (Itália, Espanha, Portugal, Gracie, Etc), E NESSE MISTER, ESTÁ EXPLICADA A INCONGRUÊNCIA DE TER VISTO OS "Bundes" de 10 anos a apresentar TAXA NEGATIVA DE CERCA 2%, pois a detenção de 'títulos da divida Alemã" teria agraciado os possuidores no regate a receber os "EUROS TEUTÔNICOS".
Entendo que a FASE CRITICA passou e não irá voltar, e que no meu ver o FRANCO É HOJE UM HEDGE "ANACRONÍSTICO" e caro, pois olho muito, em caos de apostas em moedas o "PPP" (power purchase parity) OU PODER DE COMPRA COMPARATIVO, ou seja a SUÍÇA é cara, a moeda em termos de troca é cara, não encontro "embasamentos" macro suficientes para o FRANCO, inclusive acho que, cederá contra o Euro. OU SEJA, UM FRANCO = CONCEITO DE PROTEÇÃO DO PASSADO.
LIBRA: Se desprende dos dados analíticos apresentados, que vou repropor, pois não saíram tabulados como queria que na CONSOLIDAÇÃO DOS NÚMEROS DO U.K. na União Europeia, o Reino Unido é "importador de fragilidade", ou seja, os números da Zona Euro, SÃO MELHORES.
No Reino Unido não se produz basicamente NADA, SE EXPORTAM BASICAMENTE SERVIÇOS - DE ALTA QUALIDADE MAIS SERVIÇOS (Bancários, Financeiros, de Seguros e Resseguro, De Advocacia Internacional e Arbitragem) basicamente antes do Brexit o R.U. ERA O BANCO E A SEGURADORA DA EUROPA. E NO R.U. SE IMPORTA PRATICAMENTE TUDO, até ser definitivamente decidido EM QUANTO SERÃO ONERADAS ESSAS "EXPORTAÇÕES DE SERVIÇOS" (para Europa) E QUANTO SERÃO TAXAS AS IMPORTAÇÕES DE MERCADORIAS (Luxo = Europa Continental)entendo que a tendencia de Libra será aquela de permanecer mais atrelada ao Dólar, e continuar ESTRUTURALMENTE FRACA CONTRA O EURO. Enfim, passado, quem recebeu a "testemunha" da Libra (Dólar) está prestes de perde-la... assim AO MENOS QUE SE ESTUDEM E VISLUMBREM OPORTUNIDADES DE AÇÕES EM LIBRAS QUE SERÃO BENEFICIADAS NA NOVA CONJUNTURA, não apostaria na Libra.
ETF/HEDGE = NÃO COMPRO, NÃO RECOMENDO, NÃO GOSTO - racional, quaisquer ETF tem um " benchmark ", ou seja tentam reproduzir algo que é uma cesta de ativos/assets, etc. Quando acredito, tenho que acreditar TANTO que presumivelmente possa conseguir uma "mini cesta" MELHOR E MAIS GERENCIÁVEL.
Cobram comissões caras, taxas de performance, não sugiro de dar lucro a bancos.
HEDGE = Despesa as vezes inútil, as vezes necessária, tem que ser usada com homeopatia. Ou ACREDITO TANTO NO ATIVO, que a eventual distorção na taxa de cambio originaria é desprezível perante a evolução de preço do ativo na moeda investida.
ENTÃO, RECOMENDAÇÃO - Bond em YUAN / Fundos Monetários em Euros de curto prazo comprados em papeis de curto prazo. (Pois no mercado de Eurobond poderá ter sacudidas na formatação da nova politica monetária POST DRAGHI)- E U R O E U R O E U R O - Acho que foi claro....acho que iniciou (não da para explicar) uma FASE HISTÓRICA, que poderá em médio prazo levar o euro no maior patamar que já registrou contra o dólar, em anos e fase, a primeira próxima será a superação da barreira 1,20
NÃO FAZ MUITO SENTIDO TENDO O "REAL" como "moeda de procedência" procurar Dólar Australiano, ou Canadense, pois há simetria nas taxas de cambio.
Futuramente embasarei vou colocar meus investimentos em "moedas".
344803 - menghele - 03 Dez 2017, 23:28
(2) A FUNÇÃO DO EURO OU OS DEMERITOS DO DÓLAR? – A FASE INTERMEDIARIA ANTES DO YUAN
Um elemento fundamental CONSTITUTIVO de uma moeda como “moeda de reserva” é a CONFIANÇA que é justamente esta que está deixando o DÓLAR “frágil” e todas as questões ligadas a “sustentação” da macroeconomia dos E.U.A. (incluindo as atuais políticas menos ortodoxas fiscalmente implementadas/em curso de ser, por Trump). Os Estados Unidos tem emergido com hegemonia da Segunda Guerra Mundial não só porque eram RICOS, mais justamente porque haviam saído como os VENCEDORES DA GUERRA e ademais tinham um forte sistema de VALORES LIBERAIS “SOFT POWER”, para PROPOR (OU IMPOR?) a uma parte do mundo, os E.U.A tinham uma sociedade suficientemente coesa, e realizaram políticas econômicas absolutamente coerentes com a sustentabilidade do “sistema” (ATÉ O INICIO DOS ANOS 70).
O Acordo de Bretton Woods durou até 15/08/1971, quando os E.U.A., unilateralmente, acabaram com a conversibilidade do dólar em ouro, o que efetivamente levou o sistema de Bretton Woods ao colapso e tornou o dólar uma moeda fiduciária. Essa decisão, referida como Nixon Shock., criou uma situação em que o dólar americano se tornou moeda de reserva, usada por muitos Estados.
Enfim, porque estou falando disso, o que está tirando literalmente o sono dos “policy makers” ocidentais? A POSSIBILIDADE DE ASCENSÃO DO YUAN A MOEDA DE RESERVA EM SUBSTITUIÇÃO DO DOLAR, E NÃO COM DOLÁR, caberia em relação uma posição de “segundo preferido” ao EURO, pois o EURO ao longo dos anos tem adquirido uma liquidez no mercado de Bonds NECESSÁRIA a para uma moeda reserva, além dos fundamentos macroeconômicos da aera Euro ser melhores (menos piores?) daqueles dos E.U.A
Não há consenso sobre uma tão rápida ascensão assim do YUAN e da China, como destaca o Professor Martin Wolf, que define a China uma “superpotência imatura”, que mesmo tendo (hoje) cerca de 3,2 Tri de reservas internacionais tem uma “renda per capita” de um pais em fase de desenvolvimento, e com enormes contradições econômicas, com um sistema financeiros não totalmente transparente. Assim vista as “sinergias” e a aproximação de China com a Europa, ME SINTO HOJE DE DECRETAR O EURO, nesta fase “intermediaria” de definição de “passagem” de testemunha como a MOEDA de com maior ESTRUTURA para “conceito” de RESERVA, em detrimento do “DOLAR”, que pessoalmente classifico hoje como “LIXO TÓXICO MONETÁRIO”.
Aquilo que fundamentalmente não consigo entender é o seguinte: ainda investidores compram/lastreiam parte das próprias economias em dólares E.U.A. porque os E.U.A. detêm a maior, melhor, mais eficiente tecnologia militar/maquina bélica do mundo (são a “policia do mundo”) ?...ou porque são detentores exclusivos de alguns ramos tecnologia de ponta (internet, etc.) ou porque sempre no Vale do Silício nasce e se desenvolvem as inovações mais revolucionarias?
Por isso o resto do mundo deveria financiar de forma indiscriminada, incessante e sem limites desses SUPECIDADÕES DO MUNDO devoradores compulsivos de produtos de trabalho alheio?
Ou é porque é o Sistema Financeiro mais sério e eficiente? O caso da crise das hipotecas de 2007 mostrou que o “Sistema” não tem seriedade alguma e que foram empacotados até pelas Instituições mais “serias” verdadeiros lixos como “mortgage Reit” e ainda carimbados com o selo de qualidade “AAA”, para ser revendidos a fundos de RF no mundo inteiro, e que até o periquito de um desempregado tinha acesso ao crédito via hipoteca de 8º nível para comprar casa na Florida..
Vou apresentar os seguintes valores comparativos, partindo do mais simples e básico
BALANÇA COMERCIAL
legenda :(E.U.A. e mundo ex Europa Us$ milhões – Países Europeus Euros Milhões/Us$ milhões/ base anua homogênea TODOS Us$ milhões)
Cambio fixado em 1 E$ = 1,18 Us$ 1 Libra = 1,35 Us$ 1 Franco Suíço = 1 Us$
E.U.A - 43.495 (10/2017) em base anual homogênea - 521.940 BRASIL + 3.546 “ + 42.549 SUISSA + 2.333 “ + 27.996 ALEMANHA +E$ 24.100/+28.428 + 341.136 ZONA EURO +E$ 26.365/+31.110 + 373.320 UNIÃO EUROPEIA +E$ 3.085/+ 3.640 + 43.680 REINO UNIDO U.K. –L$ 2.754/- 3.718 - 44.616 CHINA +38.174 + 458.088
TRANSAÇÕES CORRENTES EM % PIB
E.U.A. – 2,60% base 12/2016 para todos os dados colhidos BRASIL - 1,30% SUÍÇA + 11,00% ALEMANHA + 8,30% (É ISSO MESMO!) ZONA EURO + 3,30% UNIÃO EUROPEIA + 1,30% REINO UNIDO - 4,40% CHINA + 1,80%
CINGAPURA + 19,00% MACAU + 27,10%
DIVIDAS DAS FAMÍLIAS EM % PIB
E.U.A 78,30% 03/2017 para todos os dados BRASIL 25,00% SUÍÇA 128,50% ALEMANHA 53,10% ZONA EURO 58,50% REINO UNIDO 88,00% CHINA 45,50%
ITÁLIA 41,80% MEXICO 16,50%
Por uma interpretação simples dos dados apresentados se deduz um MAIOR EQUILÍBRIO E SOLIDEZ da ZONA EURO em detrimento dos E.U.A., E SE DEDUZ, EVIDENTEMENTE que aquilo de “fragilidade” importada da ZE para a UNIÃO EUROPEIA é devido a consolidação dos dados com o Reino Unido (U.E. antes Brexit) ; não há como não citar um fator que a meu ver será um VETOR de valorização do EURO perante ao DÓLAR a partir de final 2018/início 2019. O Atual Presidente do B.C.E. é MARIO DRAGHI, que é italiano e está fazendo o que pode prolongando, mesmo em doses homeopáticas o Q.E. Europeu PARA AJUDAR O REFINANCIAMENTO E O ALONGAMENTO DA DÍVIDA ITALIANA E DEIXANDO OS ALEMÃES ENFURECIDOS mantendo as taxa interbancárias do Euro abaixo da necessidade estrutural e abaixo das taxas em DÓLARES, E O MANDADO DE DRAGHI tem termino em meados de 2019, assim bastante previsivelmente um Presidente do BCE não italiano poderá rever esta distorção, ATÉ PORQUE A ÁREA EURO JÁ ESTA CRESCENDO E haverá necessidade de colocar a taxa de juros em um lugar de neutralidade, POIS HOJE NÃO ESTÁ.
344801 - menghele - 03 Dez 2017, 23:19
Prezados JP, Prof. PAULO, JONAS, UGAZ (Audaz?),
Conforme prometi vão as minhas análises, com a ressalva que, primeiramente vou abordar todas aquelas RELACIONADAS A MOEDAS e INTERPRETAÇÃO DAS RELAÇÕES DE TAXAS CAMBIO, e por ultimo (em separado) algumas considerações sobre as MOEDAS DOS PAÍSES EMERGENTES, verifiquei que o temas tem sido debatido acima das minhas expectativas, CONTUDO, infelizmente, tenho que sublinhar que constatei que todas as postagem a este respeito, não estão alicerçadas por algum embasamento macroeconômico e neste mister, concordo com o Paulo que o mercado de moedas não é para amadores, assim vai esse meu estudo, no qual tentei, dentro do possível, sem mais didático possível:
(1) A DECADÊNCIA DO DÓLAR
Recentemente (10/2017/?), o PBC ou PBOC tem anunciados regras sobre os investimentos diretos (IDE) em Yuan na China, confirmando então um abrandamento das restrições dos movimentos de capital, que é propedêutico a futuras medidas de plena e total convertibilidade do Yuan. Este movimento decisivo, é condizente com um pronunciamento político nesta direção de Li Keqiang, serve também para reforçar o mercado de DEBENTURES EM YUAN (formado por c.d. “Dim Sum Bond”) DE HONG KONG.
Em um recente G20 a Delegação Chinesa teria se apresentado com uma proposta de ajuda (compra) da divida soberana dos países da aera Euro em dificuldade de rolagem, propondo em troca o acesso a infra-estrutura européia e a garantia de estabilidade e rigor na contas publicas da área euro conforme ditado pelo Tratado Maastricht, de forma que, a INTERVENÇÃO CHINESA, tem iniciado a colocar ordem no sistema monetário internacional. Ressalvo que com o crescimento das reserva internacionais chinesas, as mesmas tem mudado de estrutura qualitativa ao longo dos anos. Resumindo, independentemente de oscilações quantitativas, (chegaram a beiram os 4 tri de dólares em 2012 este ano chegaram a cair abaixo de 3 tri de dólares) a composição qualitativa chegou ser no final do século XX cerca de 90% denominadas em ativos em dólares (notadamente Títulos do Tesouro E.U.A.), contudo evoluindo para uma mudança estrutural de composição, em virtude de ter aumentado de forma consistente em favor do EURO (Eurobonds) e com continuas e incessantes compras de ouro físico, tendo no momento atual ( se bem estou lembrando) uma composição cerca de 60% em ativos denominados em dólares E.U.A..
Enfim, porque estou falando disso, o que está tirando literalmente o sono dos “policy makers” ocidentais? A POSSIBILIDADE DE ASCENSÃO DO YUAN A MOEDA DE RESERVA EM SUBSTITUIÇÃO DO DOLAR, E NÃO COM DOLÁR, caberia em relação uma posição de “segundo preferido” ao EURO, pois o EURO ao longo dos anos tem adquirido uma liquidez no mercado de Bonds NECESSÁRIA a para uma moeda reserva, além dos fundamentos macroeconômicos da area Euro ser melhores (menos piores?) daqueles dos E.U.A.
Os E.U.A. fortemente endividados, (seja na parte pública que na privada) com os ativos no balanço FED excessivamente expandidos por incessantes “QE” NÃO TEM mais muita possibilidade de injetar liquidez no sistema, é conhecido de um ponto de vista macroeconômico que é fundamentalmente este tipo de intervenção de emergência que outorga a uma MOEDA o “titulo” de “MOEDA DE RESERVA” no sistema econômico internacional. Em um recente livro que está fazendo muito falar nos círculos acadêmicos de economia do titulo: Eclipse: Living in the Shadow of China's Economic Dominance, (Arvind Subramanian), Peterson Institute for International Economics , que baseando-se no precedente histórico de passagem de testemunha da LIBRA para o DÓLAR E.U.A., Subramanian afirma categoricamente e embasa que o YUAN vai suplantar o dólar muito cedo, no início da próxima década, permitindo também assim a China de sair da estratégia mercantilista que POR ORA, a obriga a IMPORTAR INFLAÇÃO.
344469 - paulo_prof - 28 Nov 2017, 16:02
O hedge num fundo ou etf visa reduzir, ou eliminar, o risco da moeda no qual os ativos do fundo são denominados. Deve ficar claro que o hedge não é um instrumento gratuito ,,, em consequência, se as moedas (aquela na qual são denominados os ativos do fundo/ETF e aquela na qual [e denominado o fundo/ETF) não apresentarem variação sensível no período observado, a performance do fundo/ETF não hedgeado é sempre melhor do que a de seu primo hedgeado.
O instrumento de hedge que normalmente é utillizado é o contrato futuro de 1 mês, entre as moedas consideradas. Para um ETF com ativos em USD, hedgeado em CHF, se o USD desvaloriza em relação ao CHF, o derivativo procura preservar o NAV expresso em CHF, ou seja, o investidor em CHF perde menos do que o investidor em USD no mesmo ETF. Por outro lado, entretanto, se o USD valoriza em relação ao CHF, os papéis se invertem, pois o NAV do ETF em CHF não se beneficiará desta valorização.
De uma maneira geral, não sou favorável ao hedge em investimentos de longo prazo, pois acredito que eventual ganho com o hedge acaba sendo compensado com a despesa para manter o hedge. O hedge serve para se proteger de "surpresas" no curto prazo. Para o longo prazo, acho mais proveitoso efetuar os aportes na moeda "correta". Por exemplo, com o Brexit, a libra levou um tombo ... especulando que no longo prazo a libra deverá valorizar, a estratégia condizente seria comprar ações de empresas inglesas.
344455 - jpma1977 - 28 Nov 2017, 13:02
Somente o dolar que mantenho (um pouco) em renda fixa, o restante em ativos denominados nas moedas (umas 10 ações americanas, sendo 1/3 Berkshire e as libras em BLND e XDER).
XDER foi comprado na bolsa de Londres, cotado em libras, mas não acho que tenha hedge, conforme o sr disse msm... neste caso específico poderíamos considerar que eventualmente pode haver um ganho (ou perda) devido à cotação entre as duas moedas... na verdade este foi um ETF que achei de REITS que capitalizava os div, mas nao me lembro de ter achado um que capitalizasse e que fosse do UK p/ exposição exclusiva neste país.
qto a BLND tb corretíssimo
prof, outra coisa, por gentilieza
me ajude no raciocinio do hedge da moeda...
digamos que o euro continuará a se valorizar ate a antiga paridade com o franco no curto prazo... melhor seria um ativo em franco com ou sem hedge? fiquei meio confuso agora
além disso, digamos q o dolar se desvalorizará em relação ao franco em 50 anos... em tese um etf de ativos em dolar com hegde p/ francos beneficiar-se-ia tb da queda do dólar, correto?
344454 - paulo_prof - 28 Nov 2017, 12:39
Quando vc afirma que hoje a sua cesta é composta de 70% em dolar e 30% em libra, o que realmente vc quer dizer? Vc comprou as moedas, diretamente, e mantém aplicações de renda fixa nestas moedas, ou vc comprou ativos denominados nestas moedas?
Se não estou enganado, BLND é denominado em libras, com todo (ou maior parte, sei lá) do patrimônio e receita também denominados em libras, correto? Já a maior parte dos ativos do XDER, apesar deste ser denominado em libras na bolsa Londrina, são denominados em EUR. Que eu saiba, o XDER não é "hedgeado" em libras. O seu NAV, simplesmente é transformado em libras de acordo com a taxa de câmbio. Já o XDER negociado na bolsa de Milão é denominado em EUR.
Moral da história: de fato vc poderá afirmar que as libras do BLND são libras ... Já as libras do XDER estão mais para EUR do que para libras propriamente, ou não?
344447 - jpma1977 - 28 Nov 2017, 11:40
Professor, após a valorização de 30% do franco em 2015, ele já cedeu cerca de 15%... suponhamos que reencontre o equilibrio anterior (valorização do euro à paridade anterior). Penso em fazer uma cesta onde euro e franco mantenham uma relaçao semelhante, mas tendendo a ter mais francos, se possível, pois no LOONGO prazo quero crer (suposição/chute) que o risco do euro se desvalorizar seja maior que o do franco.
Hoje a cesta é composta por 70% dolar e 30% libra, com tendencia de compra recente de mais libras...
penso em ter as 4 moedas (quiçá 5 a 8.. canadense e australiano, HK e NOK?), com compras graduais nas mesmas e, eventualmente, tentando comprar a mais "barata" (não seriam trades, mas buy&hold), caso atual da libra (que por outro lado pode ficar ainda mais barata se a vaca for p/ o brejo por la)
Como o sr vê tal estratégia?
Grato pela consideração e comentários!!
344440 - paulo_prof - 28 Nov 2017, 04:47
Será? Desde fevereiro, o franco suiço já desvalorizou 9% em relação ao Euro. Está evidente que o fato do Banco Central Suiço ter declarado, em janeiro de 2015, que não iria mais garantir um piso para a taxa de câmbio EUR-CHF não quer dizer que tenha deixado de intervir, procurando desvalorizar a moeda. Hoje, é consenso de que a moeda ainda esteja valorizada. Com o aumento das taxas de juros a ser promovido pelo BCE, para ter sucesso, basta ao Banco Central Suiço continuar mantendo os juros baixos. Com o Banco Central da Suiça trabalhando para segurar a moeda, é mais provável o franco continuar em queda em relação ao euro.
Com a libra, entretanto, a percepção é que poderia estar excessivamente desvalorizada (overshooting depois do brexit), com tendências a valorização no longo prazo.
Mas ... como afirmei ... o mercado de câmbio não é para amadores!
344414 - Luis Henriques - 27 Nov 2017, 15:16
Pessoalmente, acredito mais numa valorização do real no proximo ano do que uma derrocada do Euro. Aqui pela Europa a economia aos poucos vai-se reajustando, o desemprego já esta diminuindo, já vai havendo algum crescimento econômico. Andava na boca de todo mundo a possibilidade do Euro não fazer mais sentido, hoje ninguém fala mais nisso.
Quanto ao Real, à medida que o Brasil for dando sinais de um crescimento mais robusto lá na frente, julgo que o Real terá tendencia a valorizar.
Só um feeling, vale o que vale.
344408 - paulo_prof - 27 Nov 2017, 14:12
Pessoalmente, acho super complicado avaliar e prever a evolução das taxas de câmbio. Se eu fosse um expert no assunto, certamente faria as minhas apostas diretamente nas moedas envolvidas. .
Felizmente, nesta altura do campeonato da vida não estou mais preocupado em preservar reservas. O meu negócio é fluxo de caixa, e como a minha necessidade por euros de longe é a maior, em muitos casos escolho a opção com hedge na moeda se disponível. A ideia, aqui, é de que a minha despesa anual em euros não deverá ser absurdamente afetada numa eventual derrocada do euro.
Quando a opção por hedge em EUR não é oferecida escolho a opção de hedge em USD.
344380 - jpma1977 - 26 Nov 2017, 13:30
Olá Angelo, Jonas, Prof e demais participantes, Bom dia!!
Não costumo postar muito pois mais tenho a aprender com vcs (e por falta de tempo tb rsrsr), mas qdo possível tento colaborar. Perdoem-me atravessar a conversa, mas gostaria de me aproveitar da perspicácia e sabedoria de vocês... assunto mais relacionado a diversificação em moedas...
essa pergunta Inicial é mais dirigida ao Angelo:
recentemente estive na Italia e voltei impressionado com a cadeia de lojas OVS... pesquisando vi que tem P/E razoável, baixa alavancagem e payout, com rentabilidade e DY interessantes. Você conhece mais sobre esta loja? Poderia me dizer outros ativos interessantes por aí (sua carteira de açoes europeias, caso nao se importe)?
agora queria estender o raciocínio também aos demais participantes, sobretudo aos mais "vividos" (rsrsr) e que tenham presenciado inflaçoes americanas etc...
1) vocês percebem o euro e o dólar como moeda de reserva ou o Euro está fadado ao fracasso? O que mantém o dolar como moeda forte é realmente o petroleo ser/estar cotado em dólar?
2) pensando na desvalorização prévia das moedas (inflaçao do dolar, euro etc) em relação ao franco suiço, não seria esta moeda mais interessante como reserva de valor?
3) pensando assim, um ativo tipo EMUC (cotado em CHF) - que investe em empresas europeias mas hedgeado em francos, acumulando dividendos - poderia a longo prazo gerar mais valor?
4) se a hipótese 1 for plausível (em relaçao ao euro):
- acham q seria interessante restringir a pesquisa a ativos da Alemanha (eventual volta ao marco)? exemplo: o etf DBXD...
- e/ou, ainda, ativos da Inglaterra (cotaçao da libra de certa forma interessante, no momento, devido ao Brexit... andei comprando XDER e BLND), bem como da Suiça (mas neste caso a taxaçao de div acho q é 40%... nao achei um ETF de Suiça que acumule dividendos).
Desculpem-me a intromissão e a quantidade de perguntas e antecipadamente agradeço!
Quero tocar no seguinte aspecto: não ha necessariamente uma correlação direta entre "inflação" (evolução dos preços internos) e paridade de troca da moeda no mercado internacional, vejam o exemplo de TODAS AS MOEDAS EMERGENTES de países "PRODUCERS OF COMMODITIES", ou seja REAL, DÓLAR AUSTRALIANO, DÓLAR CANADENSE, RAND SUD-AFRICANO,RUBLO RUSSO na epopeia das commodities até 2007...TODAS SEM EXCEÇÕES PERFORMARAM DE FORMA EXPRESSIVA em relação as moedas conservadoras, o R$ chegou a ser cotado 1,50 por us$ e cerca de 2,30 por Euro,/ 1 us$ = 28/30 Rublos Russo - ISSO MESMO em condições de ser países (na época) com inflações resilientes e taxas de juros "reais" bastante acima dos parâmetros dos países evoluídos. E NOTEM, não da para plotar dados por conta de tempo e espaço. DE FORMA QUASE SIMÉTRICA, como na crise da derrocada dos preços das commodities TODAS sofreram desvalorizações expressivas, no tocante especifico maiores para o REAL e para o RUBLO.
Entendo que a maioria desses países estão hoje com as contas externas mais ajustadas ( caso Brasil) e em condições de passar por possíveis/prováveis momentos de "RISK OFF" sem aquela volatilidade já vista, ou seja NO CASO ESPECIFICO DO REAL, não vejo para o ano que vem, devido a inevitável transtorno da Eleição Presidencial, uma volatilidade grande relativamente a TAXA DE CAMBIO.
DEVO RESSALTAR TAMBÉM QUE TODAS ESSAS MOEDAS ACOMPANHAM UM ÍNDICE "DOLLAR INDEX" que é o OPOSTO do DÓLAR, assim composto:
EURO (EUR), 57.6%
Japanese yen (JPY) 13.6%
Pound sterling (GBP), 11.9%
Canadian dollar (CAD), 9.1%
Swedish krona (SEK), 4.2%
Swiss franc (CHF) 3.6%
Ou seja na perspectiva de ENFRAQUECIMENTO DO DÓLAR, as MOEDAS EMERGENTES se comportariam de uma forma de mais correlação ao Euro.
FRANCO SUÍÇO é basicamente simétrico ao OURO e INVERSO ao DÓLAR, ou seja em caso de "Risk Off" há uma tendencia a procurar o Franco Suíço como proteção. Teve uma procura grande na CRISE DA DÍVIDA DOS PAÍSES DA EUROPA MEDITERRÂNEA,E A SUBSEQUENTE CRISE DOS BANCOS EUROPEUS quando foi até preconizado o FIM DO EURO, o que não teria dado o retorno das MOEDAS DO S.M.E., mais ao "desmembramento de Euro" em um "EURO TEUTÔNICO" (Alemanha/França) e um "EURO MEDITERRÂNEO" (Itália, Espanha, Portugal, Gracie, Etc), E NESSE MISTER, ESTÁ EXPLICADA A INCONGRUÊNCIA DE TER VISTO OS "Bundes" de 10 anos a apresentar TAXA NEGATIVA DE CERCA 2%, pois a detenção de 'títulos da divida Alemã" teria agraciado os possuidores no regate a receber os "EUROS TEUTÔNICOS".
Entendo que a FASE CRITICA passou e não irá voltar, e que no meu ver o FRANCO É HOJE UM HEDGE "ANACRONÍSTICO" e caro, pois olho muito, em caos de apostas em moedas o "PPP" (power purchase parity) OU PODER DE COMPRA COMPARATIVO, ou seja a SUÍÇA é cara, a moeda em termos de troca é cara, não encontro "embasamentos" macro suficientes para o FRANCO, inclusive acho que, cederá contra o Euro. OU SEJA, UM FRANCO = CONCEITO DE PROTEÇÃO DO PASSADO.
LIBRA: Se desprende dos dados analíticos apresentados, que vou repropor, pois não saíram tabulados como queria que na CONSOLIDAÇÃO DOS NÚMEROS DO U.K. na União Europeia, o Reino Unido é "importador de fragilidade", ou seja, os números da Zona Euro, SÃO MELHORES.
No Reino Unido não se produz basicamente NADA, SE EXPORTAM BASICAMENTE SERVIÇOS - DE ALTA QUALIDADE MAIS SERVIÇOS (Bancários, Financeiros, de Seguros e Resseguro, De Advocacia Internacional e Arbitragem) basicamente antes do Brexit o R.U. ERA O BANCO E A SEGURADORA DA EUROPA. E NO R.U. SE IMPORTA PRATICAMENTE TUDO, até ser definitivamente decidido EM QUANTO SERÃO ONERADAS ESSAS "EXPORTAÇÕES DE SERVIÇOS" (para Europa) E QUANTO SERÃO TAXAS AS IMPORTAÇÕES DE MERCADORIAS (Luxo = Europa Continental)entendo que a tendencia de Libra será aquela de permanecer mais atrelada ao Dólar, e continuar ESTRUTURALMENTE FRACA CONTRA O EURO. Enfim, passado, quem recebeu a "testemunha" da Libra (Dólar) está prestes de perde-la... assim AO MENOS QUE SE ESTUDEM E VISLUMBREM OPORTUNIDADES DE AÇÕES EM LIBRAS QUE SERÃO BENEFICIADAS NA NOVA CONJUNTURA, não apostaria na Libra.
ETF/HEDGE = NÃO COMPRO, NÃO RECOMENDO, NÃO GOSTO - racional, quaisquer ETF tem um " benchmark ", ou seja tentam reproduzir algo que é uma cesta de ativos/assets, etc. Quando acredito, tenho que acreditar TANTO que presumivelmente possa conseguir uma "mini cesta" MELHOR E MAIS GERENCIÁVEL.
Cobram comissões caras, taxas de performance, não sugiro de dar lucro a bancos.
HEDGE = Despesa as vezes inútil, as vezes necessária, tem que ser usada com homeopatia. Ou ACREDITO TANTO NO ATIVO, que a eventual distorção na taxa de cambio originaria é desprezível perante a evolução de preço do ativo na moeda investida.
ENTÃO, RECOMENDAÇÃO - Bond em YUAN / Fundos Monetários em Euros de curto prazo comprados em papeis de curto prazo. (Pois no mercado de Eurobond poderá ter sacudidas na formatação da nova politica monetária POST DRAGHI)- E U R O E U R O E U R O - Acho que foi claro....acho que iniciou (não da para explicar) uma FASE HISTÓRICA, que poderá em médio prazo levar o euro no maior patamar que já registrou contra o dólar, em anos e fase, a primeira próxima será a superação da barreira 1,20
NÃO FAZ MUITO SENTIDO TENDO O "REAL" como "moeda de procedência" procurar Dólar Australiano, ou Canadense, pois há simetria nas taxas de cambio.
Futuramente embasarei vou colocar meus investimentos em "moedas".
344803 - menghele - 03 Dez 2017, 23:28
(2) A FUNÇÃO DO EURO OU OS DEMERITOS DO DÓLAR? – A FASE INTERMEDIARIA ANTES DO YUAN
Um elemento fundamental CONSTITUTIVO de uma moeda como “moeda de reserva” é a CONFIANÇA que é justamente esta que está deixando o DÓLAR “frágil” e todas as questões ligadas a “sustentação” da macroeconomia dos E.U.A. (incluindo as atuais políticas menos ortodoxas fiscalmente implementadas/em curso de ser, por Trump). Os Estados Unidos tem emergido com hegemonia da Segunda Guerra Mundial não só porque eram RICOS, mais justamente porque haviam saído como os VENCEDORES DA GUERRA e ademais tinham um forte sistema de VALORES LIBERAIS “SOFT POWER”, para PROPOR (OU IMPOR?) a uma parte do mundo, os E.U.A tinham uma sociedade suficientemente coesa, e realizaram políticas econômicas absolutamente coerentes com a sustentabilidade do “sistema” (ATÉ O INICIO DOS ANOS 70).
O Acordo de Bretton Woods durou até 15/08/1971, quando os E.U.A., unilateralmente, acabaram com a conversibilidade do dólar em ouro, o que efetivamente levou o sistema de Bretton Woods ao colapso e tornou o dólar uma moeda fiduciária. Essa decisão, referida como Nixon Shock., criou uma situação em que o dólar americano se tornou moeda de reserva, usada por muitos Estados.
Enfim, porque estou falando disso, o que está tirando literalmente o sono dos “policy makers” ocidentais? A POSSIBILIDADE DE ASCENSÃO DO YUAN A MOEDA DE RESERVA EM SUBSTITUIÇÃO DO DOLAR, E NÃO COM DOLÁR, caberia em relação uma posição de “segundo preferido” ao EURO, pois o EURO ao longo dos anos tem adquirido uma liquidez no mercado de Bonds NECESSÁRIA a para uma moeda reserva, além dos fundamentos macroeconômicos da aera Euro ser melhores (menos piores?) daqueles dos E.U.A
Não há consenso sobre uma tão rápida ascensão assim do YUAN e da China, como destaca o Professor Martin Wolf, que define a China uma “superpotência imatura”, que mesmo tendo (hoje) cerca de 3,2 Tri de reservas internacionais tem uma “renda per capita” de um pais em fase de desenvolvimento, e com enormes contradições econômicas, com um sistema financeiros não totalmente transparente. Assim vista as “sinergias” e a aproximação de China com a Europa, ME SINTO HOJE DE DECRETAR O EURO, nesta fase “intermediaria” de definição de “passagem” de testemunha como a MOEDA de com maior ESTRUTURA para “conceito” de RESERVA, em detrimento do “DOLAR”, que pessoalmente classifico hoje como “LIXO TÓXICO MONETÁRIO”.
Aquilo que fundamentalmente não consigo entender é o seguinte: ainda investidores compram/lastreiam parte das próprias economias em dólares E.U.A. porque os E.U.A. detêm a maior, melhor, mais eficiente tecnologia militar/maquina bélica do mundo (são a “policia do mundo”) ?...ou porque são detentores exclusivos de alguns ramos tecnologia de ponta (internet, etc.) ou porque sempre no Vale do Silício nasce e se desenvolvem as inovações mais revolucionarias?
Por isso o resto do mundo deveria financiar de forma indiscriminada, incessante e sem limites desses SUPECIDADÕES DO MUNDO devoradores compulsivos de produtos de trabalho alheio?
Ou é porque é o Sistema Financeiro mais sério e eficiente? O caso da crise das hipotecas de 2007 mostrou que o “Sistema” não tem seriedade alguma e que foram empacotados até pelas Instituições mais “serias” verdadeiros lixos como “mortgage Reit” e ainda carimbados com o selo de qualidade “AAA”, para ser revendidos a fundos de RF no mundo inteiro, e que até o periquito de um desempregado tinha acesso ao crédito via hipoteca de 8º nível para comprar casa na Florida..
Vou apresentar os seguintes valores comparativos, partindo do mais simples e básico
BALANÇA COMERCIAL
legenda :(E.U.A. e mundo ex Europa Us$ milhões – Países Europeus Euros Milhões/Us$ milhões/ base anua homogênea TODOS Us$ milhões)
Cambio fixado em 1 E$ = 1,18 Us$ 1 Libra = 1,35 Us$ 1 Franco Suíço = 1 Us$
E.U.A - 43.495 (10/2017) em base anual homogênea - 521.940 BRASIL + 3.546 “ + 42.549 SUISSA + 2.333 “ + 27.996 ALEMANHA +E$ 24.100/+28.428 + 341.136 ZONA EURO +E$ 26.365/+31.110 + 373.320 UNIÃO EUROPEIA +E$ 3.085/+ 3.640 + 43.680 REINO UNIDO U.K. –L$ 2.754/- 3.718 - 44.616 CHINA +38.174 + 458.088
TRANSAÇÕES CORRENTES EM % PIB
E.U.A. – 2,60% base 12/2016 para todos os dados colhidos BRASIL - 1,30% SUÍÇA + 11,00% ALEMANHA + 8,30% (É ISSO MESMO!) ZONA EURO + 3,30% UNIÃO EUROPEIA + 1,30% REINO UNIDO - 4,40% CHINA + 1,80%
CINGAPURA + 19,00% MACAU + 27,10%
DIVIDAS DAS FAMÍLIAS EM % PIB
E.U.A 78,30% 03/2017 para todos os dados BRASIL 25,00% SUÍÇA 128,50% ALEMANHA 53,10% ZONA EURO 58,50% REINO UNIDO 88,00% CHINA 45,50%
ITÁLIA 41,80% MEXICO 16,50%
Por uma interpretação simples dos dados apresentados se deduz um MAIOR EQUILÍBRIO E SOLIDEZ da ZONA EURO em detrimento dos E.U.A., E SE DEDUZ, EVIDENTEMENTE que aquilo de “fragilidade” importada da ZE para a UNIÃO EUROPEIA é devido a consolidação dos dados com o Reino Unido (U.E. antes Brexit) ; não há como não citar um fator que a meu ver será um VETOR de valorização do EURO perante ao DÓLAR a partir de final 2018/início 2019. O Atual Presidente do B.C.E. é MARIO DRAGHI, que é italiano e está fazendo o que pode prolongando, mesmo em doses homeopáticas o Q.E. Europeu PARA AJUDAR O REFINANCIAMENTO E O ALONGAMENTO DA DÍVIDA ITALIANA E DEIXANDO OS ALEMÃES ENFURECIDOS mantendo as taxa interbancárias do Euro abaixo da necessidade estrutural e abaixo das taxas em DÓLARES, E O MANDADO DE DRAGHI tem termino em meados de 2019, assim bastante previsivelmente um Presidente do BCE não italiano poderá rever esta distorção, ATÉ PORQUE A ÁREA EURO JÁ ESTA CRESCENDO E haverá necessidade de colocar a taxa de juros em um lugar de neutralidade, POIS HOJE NÃO ESTÁ.
344801 - menghele - 03 Dez 2017, 23:19
Prezados JP, Prof. PAULO, JONAS, UGAZ (Audaz?),
Conforme prometi vão as minhas análises, com a ressalva que, primeiramente vou abordar todas aquelas RELACIONADAS A MOEDAS e INTERPRETAÇÃO DAS RELAÇÕES DE TAXAS CAMBIO, e por ultimo (em separado) algumas considerações sobre as MOEDAS DOS PAÍSES EMERGENTES, verifiquei que o temas tem sido debatido acima das minhas expectativas, CONTUDO, infelizmente, tenho que sublinhar que constatei que todas as postagem a este respeito, não estão alicerçadas por algum embasamento macroeconômico e neste mister, concordo com o Paulo que o mercado de moedas não é para amadores, assim vai esse meu estudo, no qual tentei, dentro do possível, sem mais didático possível:
(1) A DECADÊNCIA DO DÓLAR
Recentemente (10/2017/?), o PBC ou PBOC tem anunciados regras sobre os investimentos diretos (IDE) em Yuan na China, confirmando então um abrandamento das restrições dos movimentos de capital, que é propedêutico a futuras medidas de plena e total convertibilidade do Yuan. Este movimento decisivo, é condizente com um pronunciamento político nesta direção de Li Keqiang, serve também para reforçar o mercado de DEBENTURES EM YUAN (formado por c.d. “Dim Sum Bond”) DE HONG KONG.
Em um recente G20 a Delegação Chinesa teria se apresentado com uma proposta de ajuda (compra) da divida soberana dos países da aera Euro em dificuldade de rolagem, propondo em troca o acesso a infra-estrutura européia e a garantia de estabilidade e rigor na contas publicas da área euro conforme ditado pelo Tratado Maastricht, de forma que, a INTERVENÇÃO CHINESA, tem iniciado a colocar ordem no sistema monetário internacional. Ressalvo que com o crescimento das reserva internacionais chinesas, as mesmas tem mudado de estrutura qualitativa ao longo dos anos. Resumindo, independentemente de oscilações quantitativas, (chegaram a beiram os 4 tri de dólares em 2012 este ano chegaram a cair abaixo de 3 tri de dólares) a composição qualitativa chegou ser no final do século XX cerca de 90% denominadas em ativos em dólares (notadamente Títulos do Tesouro E.U.A.), contudo evoluindo para uma mudança estrutural de composição, em virtude de ter aumentado de forma consistente em favor do EURO (Eurobonds) e com continuas e incessantes compras de ouro físico, tendo no momento atual ( se bem estou lembrando) uma composição cerca de 60% em ativos denominados em dólares E.U.A..
Enfim, porque estou falando disso, o que está tirando literalmente o sono dos “policy makers” ocidentais? A POSSIBILIDADE DE ASCENSÃO DO YUAN A MOEDA DE RESERVA EM SUBSTITUIÇÃO DO DOLAR, E NÃO COM DOLÁR, caberia em relação uma posição de “segundo preferido” ao EURO, pois o EURO ao longo dos anos tem adquirido uma liquidez no mercado de Bonds NECESSÁRIA a para uma moeda reserva, além dos fundamentos macroeconômicos da area Euro ser melhores (menos piores?) daqueles dos E.U.A.
Os E.U.A. fortemente endividados, (seja na parte pública que na privada) com os ativos no balanço FED excessivamente expandidos por incessantes “QE” NÃO TEM mais muita possibilidade de injetar liquidez no sistema, é conhecido de um ponto de vista macroeconômico que é fundamentalmente este tipo de intervenção de emergência que outorga a uma MOEDA o “titulo” de “MOEDA DE RESERVA” no sistema econômico internacional. Em um recente livro que está fazendo muito falar nos círculos acadêmicos de economia do titulo: Eclipse: Living in the Shadow of China's Economic Dominance, (Arvind Subramanian), Peterson Institute for International Economics , que baseando-se no precedente histórico de passagem de testemunha da LIBRA para o DÓLAR E.U.A., Subramanian afirma categoricamente e embasa que o YUAN vai suplantar o dólar muito cedo, no início da próxima década, permitindo também assim a China de sair da estratégia mercantilista que POR ORA, a obriga a IMPORTAR INFLAÇÃO.
344469 - paulo_prof - 28 Nov 2017, 16:02
O hedge num fundo ou etf visa reduzir, ou eliminar, o risco da moeda no qual os ativos do fundo são denominados. Deve ficar claro que o hedge não é um instrumento gratuito ,,, em consequência, se as moedas (aquela na qual são denominados os ativos do fundo/ETF e aquela na qual [e denominado o fundo/ETF) não apresentarem variação sensível no período observado, a performance do fundo/ETF não hedgeado é sempre melhor do que a de seu primo hedgeado.
O instrumento de hedge que normalmente é utillizado é o contrato futuro de 1 mês, entre as moedas consideradas. Para um ETF com ativos em USD, hedgeado em CHF, se o USD desvaloriza em relação ao CHF, o derivativo procura preservar o NAV expresso em CHF, ou seja, o investidor em CHF perde menos do que o investidor em USD no mesmo ETF. Por outro lado, entretanto, se o USD valoriza em relação ao CHF, os papéis se invertem, pois o NAV do ETF em CHF não se beneficiará desta valorização.
De uma maneira geral, não sou favorável ao hedge em investimentos de longo prazo, pois acredito que eventual ganho com o hedge acaba sendo compensado com a despesa para manter o hedge. O hedge serve para se proteger de "surpresas" no curto prazo. Para o longo prazo, acho mais proveitoso efetuar os aportes na moeda "correta". Por exemplo, com o Brexit, a libra levou um tombo ... especulando que no longo prazo a libra deverá valorizar, a estratégia condizente seria comprar ações de empresas inglesas.
344455 - jpma1977 - 28 Nov 2017, 13:02
Somente o dolar que mantenho (um pouco) em renda fixa, o restante em ativos denominados nas moedas (umas 10 ações americanas, sendo 1/3 Berkshire e as libras em BLND e XDER).
XDER foi comprado na bolsa de Londres, cotado em libras, mas não acho que tenha hedge, conforme o sr disse msm... neste caso específico poderíamos considerar que eventualmente pode haver um ganho (ou perda) devido à cotação entre as duas moedas... na verdade este foi um ETF que achei de REITS que capitalizava os div, mas nao me lembro de ter achado um que capitalizasse e que fosse do UK p/ exposição exclusiva neste país.
qto a BLND tb corretíssimo
prof, outra coisa, por gentilieza
me ajude no raciocinio do hedge da moeda...
digamos que o euro continuará a se valorizar ate a antiga paridade com o franco no curto prazo... melhor seria um ativo em franco com ou sem hedge? fiquei meio confuso agora
além disso, digamos q o dolar se desvalorizará em relação ao franco em 50 anos... em tese um etf de ativos em dolar com hegde p/ francos beneficiar-se-ia tb da queda do dólar, correto?
344454 - paulo_prof - 28 Nov 2017, 12:39
Quando vc afirma que hoje a sua cesta é composta de 70% em dolar e 30% em libra, o que realmente vc quer dizer? Vc comprou as moedas, diretamente, e mantém aplicações de renda fixa nestas moedas, ou vc comprou ativos denominados nestas moedas?
Se não estou enganado, BLND é denominado em libras, com todo (ou maior parte, sei lá) do patrimônio e receita também denominados em libras, correto? Já a maior parte dos ativos do XDER, apesar deste ser denominado em libras na bolsa Londrina, são denominados em EUR. Que eu saiba, o XDER não é "hedgeado" em libras. O seu NAV, simplesmente é transformado em libras de acordo com a taxa de câmbio. Já o XDER negociado na bolsa de Milão é denominado em EUR.
Moral da história: de fato vc poderá afirmar que as libras do BLND são libras ... Já as libras do XDER estão mais para EUR do que para libras propriamente, ou não?
344447 - jpma1977 - 28 Nov 2017, 11:40
Professor, após a valorização de 30% do franco em 2015, ele já cedeu cerca de 15%... suponhamos que reencontre o equilibrio anterior (valorização do euro à paridade anterior). Penso em fazer uma cesta onde euro e franco mantenham uma relaçao semelhante, mas tendendo a ter mais francos, se possível, pois no LOONGO prazo quero crer (suposição/chute) que o risco do euro se desvalorizar seja maior que o do franco.
Hoje a cesta é composta por 70% dolar e 30% libra, com tendencia de compra recente de mais libras...
penso em ter as 4 moedas (quiçá 5 a 8.. canadense e australiano, HK e NOK?), com compras graduais nas mesmas e, eventualmente, tentando comprar a mais "barata" (não seriam trades, mas buy&hold), caso atual da libra (que por outro lado pode ficar ainda mais barata se a vaca for p/ o brejo por la)
Como o sr vê tal estratégia?
Grato pela consideração e comentários!!
344440 - paulo_prof - 28 Nov 2017, 04:47
Será? Desde fevereiro, o franco suiço já desvalorizou 9% em relação ao Euro. Está evidente que o fato do Banco Central Suiço ter declarado, em janeiro de 2015, que não iria mais garantir um piso para a taxa de câmbio EUR-CHF não quer dizer que tenha deixado de intervir, procurando desvalorizar a moeda. Hoje, é consenso de que a moeda ainda esteja valorizada. Com o aumento das taxas de juros a ser promovido pelo BCE, para ter sucesso, basta ao Banco Central Suiço continuar mantendo os juros baixos. Com o Banco Central da Suiça trabalhando para segurar a moeda, é mais provável o franco continuar em queda em relação ao euro.
Com a libra, entretanto, a percepção é que poderia estar excessivamente desvalorizada (overshooting depois do brexit), com tendências a valorização no longo prazo.
Mas ... como afirmei ... o mercado de câmbio não é para amadores!
344414 - Luis Henriques - 27 Nov 2017, 15:16
Pessoalmente, acredito mais numa valorização do real no proximo ano do que uma derrocada do Euro. Aqui pela Europa a economia aos poucos vai-se reajustando, o desemprego já esta diminuindo, já vai havendo algum crescimento econômico. Andava na boca de todo mundo a possibilidade do Euro não fazer mais sentido, hoje ninguém fala mais nisso.
Quanto ao Real, à medida que o Brasil for dando sinais de um crescimento mais robusto lá na frente, julgo que o Real terá tendencia a valorizar.
Só um feeling, vale o que vale.
344408 - paulo_prof - 27 Nov 2017, 14:12
Pessoalmente, acho super complicado avaliar e prever a evolução das taxas de câmbio. Se eu fosse um expert no assunto, certamente faria as minhas apostas diretamente nas moedas envolvidas. .
Felizmente, nesta altura do campeonato da vida não estou mais preocupado em preservar reservas. O meu negócio é fluxo de caixa, e como a minha necessidade por euros de longe é a maior, em muitos casos escolho a opção com hedge na moeda se disponível. A ideia, aqui, é de que a minha despesa anual em euros não deverá ser absurdamente afetada numa eventual derrocada do euro.
Quando a opção por hedge em EUR não é oferecida escolho a opção de hedge em USD.
344380 - jpma1977 - 26 Nov 2017, 13:30
Olá Angelo, Jonas, Prof e demais participantes, Bom dia!!
Não costumo postar muito pois mais tenho a aprender com vcs (e por falta de tempo tb rsrsr), mas qdo possível tento colaborar. Perdoem-me atravessar a conversa, mas gostaria de me aproveitar da perspicácia e sabedoria de vocês... assunto mais relacionado a diversificação em moedas...
essa pergunta Inicial é mais dirigida ao Angelo:
recentemente estive na Italia e voltei impressionado com a cadeia de lojas OVS... pesquisando vi que tem P/E razoável, baixa alavancagem e payout, com rentabilidade e DY interessantes. Você conhece mais sobre esta loja? Poderia me dizer outros ativos interessantes por aí (sua carteira de açoes europeias, caso nao se importe)?
agora queria estender o raciocínio também aos demais participantes, sobretudo aos mais "vividos" (rsrsr) e que tenham presenciado inflaçoes americanas etc...
1) vocês percebem o euro e o dólar como moeda de reserva ou o Euro está fadado ao fracasso? O que mantém o dolar como moeda forte é realmente o petroleo ser/estar cotado em dólar?
2) pensando na desvalorização prévia das moedas (inflaçao do dolar, euro etc) em relação ao franco suiço, não seria esta moeda mais interessante como reserva de valor?
3) pensando assim, um ativo tipo EMUC (cotado em CHF) - que investe em empresas europeias mas hedgeado em francos, acumulando dividendos - poderia a longo prazo gerar mais valor?
4) se a hipótese 1 for plausível (em relaçao ao euro):
- acham q seria interessante restringir a pesquisa a ativos da Alemanha (eventual volta ao marco)? exemplo: o etf DBXD...
- e/ou, ainda, ativos da Inglaterra (cotaçao da libra de certa forma interessante, no momento, devido ao Brexit... andei comprando XDER e BLND), bem como da Suiça (mas neste caso a taxaçao de div acho q é 40%... nao achei um ETF de Suiça que acumule dividendos).
Desculpem-me a intromissão e a quantidade de perguntas e antecipadamente agradeço!