343536 - Ronimendes - 03 Nov 2017, 15:08
Voltando ao assunto de cálculo de Beta dos ativos, uma coisa me deixou intrigado. Um artigo que li menciona que no trabalho original dos autores da teoria CAPM, a carteira de mercado usada como referência, deveria ser uma carteira que englobasse todos os ativos de risco, ponderada pelo seu valor. Portanto, no meu pobre entendimento, a maioria dos trabalhos de valuation que emprega o IBOV como referência de desempenho do mercado, está fazendo uma simplificação, pois o IBOV representa apenas o desempenho médio do mercado acionário. Em meu pensamento, uma carteira de mercado referência deveria ser composta de IBOV, IFiX, moedas e juros, talvez ponderada pelo volume medio de cada um. Claro, seria trabalhoso montar esta referência de mercado. Mas em meu pensamento, seria o lógico. Digamos que o mercado de capitais se desenvolvesse e nos tivéssemos disponíveis ETFs de FII, moedas (dólar, ouro, Bitcoin, euro, etc) e de renda fixa. Um investidor poderia montar sua carteira diversificada entre diferentes índices. Para justificar seu investimento em um ativo em particular, o investidor deveria comparar sua variabilidade (beta) em relação ao mercado como um todo, e nao apenas em relacao a um indice em especifico, pois com isso a taxa de desconto poderia ser estipulada mais corretamente.
273 - small caps - 05/Nov/2008 21:28 0
"ldsandrade, volume de negociação e beta das ações de nada servem para avaliação em termos fundamentalistas. Aliás, quanto ao beta, por incrível que pareça, se uma ação que vale R$ 100,00 em termos dos fundamentos e análise comparativa, cai até R$ 50,00, em linha com uma queda de 50% do índice de comparação, ela fica mais atrativa do que se esta mesma ação caísse até R$ 25,00. Ou seja, porque seria mais arriscado comprar uma ação por R$ 50,00 do que por R$ 25,00 se ela vale R$ 100,00? Não há qualquer lógica nisto para investidores que analisam os fundamentos das empresas. Quanto ao volume de negociação, trato num tópico específico denominado de liquidez das ações, especificando a quantidade de oportunidades que a liquidez mais diminuta pode gerar."
"Espero os estrangeiros para pagarem preços absurdos num mercado eufórico. Mas vai levar um tempo. Ano passado foi especial para realização de lucros. As instituições que administram o dinheiro deste pessoal provou toda a ""competência"" na atual crise. Quebraram e já vão tarde... Não passam de especuladores irresponsáveis... Agora saem a qualquer preço e não nos resta outra alternativa senão aproveitar o que for possível de forma inteligente e racional, diferentemente do comportamento de manada com que agem."
A avaliação das questões mencionadas na segunda pergunta trato no capítulo sobre análise de empresas.