De uma forma muito simplória e super simplificada:
a) provavelmente, o que melhor determina a taxa de crescimento da empresa, é a Receita Líquida;
b) se a margem líquida é constante, a taxa de crescimento do lucro líquido será igual; se a margem líquida estiver mudando, pode-se especular se é algo conjuntural ou estrutural
c) O Patrimônio Líquido é apenas uma métrica do valor de uma empresa: o que sobraria se a empresa fosse liquidada
d) uma empresa que ultrapassou a fase de crescimento normalmente tem uma dívida moderada ou não tem dívida, e distribui 100% do lucro; o valor intrínsico (justo) de uma ação é a soma dos dividendos que esta ação produzirá até a eternidade, trazida a valor presente; como mais cedo, ou mais tarde, a empresa deixará a fase de crescimento, o LPA acabará sendo igual aos proventos por ação ... em conseqüência usar o LPA no lugar dos dividendos para avaliar o preço de um ativo é aceitável
Quanto à inflação, pode ou não ser considerada. Evidentemente, não ou é considerada em todas as variáveis ou nenhuma.
Eu acho mais fácil desconsiderar a inflação, por isto que falo numa taxa real de crescimento na perpetuidade (normalmente nula), numa taxa real de desconto (normalmente 8%) e numa taxa real de crescimento do lucro embora informe (por facilidade) os valores nominais das taxas médias de crescimento do lucro e do patrimônio líquido. Cabe ao leitor descontar a inflação destas taxas para avaliar qual é a margem de segurança em meu cálculo de preço justo.