quarta-feira, 26 de abril de 2017

Livros - Investindo em Ações no Longo Prazo: O Guia Indispensável do Investidor do Mercado Financeiro



É indiscutível que growth stocks dão mais retorno. Mais risco, mais retorno. É fácil olhar para trás e ver quais foram as growth stocks de sucesso - ou seja, aquelas cujo futuro embutido no preço na ocasião da compra se concretizou - e apurar seu retorno. Mas e daqui pra frente? Quais serão as vencedoras? As grandes candidatas a growth stocks do passado que fracassaram e fizeram seus acionistas mais pobres estão inclusas na análise?

Investir com sucesso em growth stocks é uma arte difícil de dominar. Nada contra quem faz. Eu admiro quem faz e acerta quase sempre. Há gente que consegue. Acho muito produtiva a sua iniciativa de discutir este assunto aqui, mas fico só olhando. Não me sinto preparado para tal e prefiro ficar no meu arroz com feijão, que é comprar empresas boas, baratas e que aumentam meu fluxo de caixa, deixando a parte pesada do trabalho para a capitalização composta gerada pelo reinvestimento do fluxo de caixa.

Eu criei um polêmica propositalmente. Longe de criticar o Paulo ou qualquer outro forista, mas sim trazer uma discussão técnica sobre avaliação de empresas. Em algumas cartas do Warren Buffet ele diz que se a empresa investida estiver aumentando seu EBITDA, então o investimento está no caminho certo. É o caso de algumas das empresas reputadas caras por este fórum. Alguém disse: "Só porque sobe não quer dizer que estejam baratas". A analise de p/l, p/vpa, roe, é apenas parte dos indicadores que devem ser observados. Desde de 2008 ambos os papéis valorizaram tremendamente, pois, como disse o Paulo, seu Ebitda aumentou 20% ao ano ou mais. Estaria o mercado errado? Seriam esses papéis carentes de margem de segurança? Em teoria, essas empresas apenas não tem resultados melhores para os acionistas - que imagino ser o yeld que tantos gostam, incluindo eu - porque, o mercado delas é tão excitante, ao ponto de que abrir mais lojas fará quase que certamente que elas aumentem sua geração de caixa medida pelo Ebitda. Em caso de estagnação do mercado, elas podem simplesmente suspender a abertura de novas lojas, quitar suas dividas e resolver fazer recompras de ações ou até mesmo pagar belos dividendos. E esse é um dos pontos que imagino estar faltando nos debates por aqui.

No livro do Jeremy Siegel https://www.amazon.com.br/Investindo-Ações-Longo-Jeremy-Siegel/dp/8582602812, ele aponta a estatística de melhores investimentos em bolsa. A estratégia campeã, com aproximadamente 14% de retorno composto, são ações de crescimento elevado. A segunda colocada é a estratégia de compra de yeld, que retornou ao investidor algo entre 12,x% ao ano. Nessa estratégia, o investidor escolhe as 10 ou 20 melhores pagadoras no inicio do ano, sempre ajustando no ano seguinte. Notem que a estratégia da maioria desse fórum é uma das melhores, pois permite que o investidor alcance o maior retorno com o menor risco. De fato, encontrar ações com crescimento elevado exige bastante futurologia e sorte, mas encontrar ações com belos dividendos não é assim tão difícil.

Voltando ao debate inicial, seriam mesmo LREN e LAME caras? Com a palavra o mercado.
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