Semparar, um livro que tenho e achei bacana para aprender é o Análise Fundamentalista (José Kobori). É bem simples e inclusive tem um capítulo sobre FCD. Estou engatinhando no aprendizado, de qualquer forma pode lhe ser útil. E claro, o do small "Investindo em smallcaps" também é de cabeceira.
151439 - leamm - 09 Out 2012, 13:06
Li o livro Análise fundamentalista de José Kobori e para quem entende muito pouco do assunto recomendo. Todavia, não consigo entender a lógica de se considerar o custo do capital prórprio maior que o de terceiros. Vejo que o risco do investimento do capital próprio é a perda do mesmo e do fluxo de caixa que ele poderia trazer em um investimento "sem risco" e não o valor obtido pela fórmula CAPM. Acho lógico considerar o resultado obtido com a CAPM apenas como a menor rentabilidade a ser aceita pelo risco do investimento e não como custo do capital próprio. O que acham?
151444 - jbegood - 09 Out 2012, 13:24
leamm, não entendi muito bem seu ponto de vista;
o CAPM diz que o retorno esperado é justamente o retorno do investimento "sem risco" somado a um prêmio pelo risco (medido pelo beta)...
eu particularmente, afim de simplificar, prefiro colocar um valor de retorno que eu espero que a empresa me dê - geralmente 15%.
quanto ao custo do capital próprio ser maior, sim pra mim faz sentido. a empresa capta em bancos a taxas menores que a selic hoje, pra exemplificar vamos dizer que a taxa média das dividas da empresa seja de 7,5%.
se eu vou comprar essa empresa, quero que ela me remunere em quanto? qual retorno vai compensar o risco que vou assumir como acionista? no meu caso acho 15% um valor justo... esse é o custo para a empresa de ter o meu dinheiro lá dentro, ela tem que me remunerar, por isso o retorno que eu espero e o custo do capital próprio são "a mesma coisa".
numa estrutura de capital onde 50% da empresa é financiada por dívida e 50% por capital próprio, o custo médio ponderado do capital ficaria assim:
wacc = 50% * 7,5% * (1-34%) + 50% * 15% = 9,98%
(sobre o custo da dívida pode-se aplicar o beneficio fiscal do imposto de renda - que foi essa multiplicação por 1-34%)
espero ter ajudado em alguma coisa!
151474 - leamm - 09 Out 2012, 15:05
As nossas colocações divergem no sequinte ponto extraído da sua resposta: "no meu caso acho 15% um valor justo... esse é o custo para a empresa de ter o meu dinheiro lá dentro". O meu ponto de vista é diferente, entendo que o custo/risco para a empresa ter o meu dinheiro lá dentro é de eu perder o retorno que seria obtido em um ativo sem risco. Claro, para correr esse risco eu o aceito se a rentanbilidade for adequada (por exemplo seus 15%) mas porque considerar o custo do CP os 15% e não o retorno que seria efetivamente obtido em uma aplicação sem risco - que por sinal será inferior ao retorno do capital de terceiros. É isso que eu não consigo entender, consegue me explicar???
151538 paulo_prof - 09 Out 2012, 23:30
Quero crer que o "custo" do capital próprio seja a taxa de retorno esperada pelos investidores para realizar um investimento patrimonial na empresa. O custo de capital de terceiros (juros de debêntures, empréstimos, etc.) é (ou pelo menos deveria ser) menor do que esta taxa de retorno.
Por outro lado, em caso de falência, como o acionista é o último a ser remunerado, o seu risco parece ser maior.
151444 - jbegood - 09 Out 2012, 13:24
leamm, não entendi muito bem seu ponto de vista;
o CAPM diz que o retorno esperado é justamente o retorno do investimento "sem risco" somado a um prêmio pelo risco (medido pelo beta)...
eu particularmente, afim de simplificar, prefiro colocar um valor de retorno que eu espero que a empresa me dê - geralmente 15%.
quanto ao custo do capital próprio ser maior, sim pra mim faz sentido. a empresa capta em bancos a taxas menores que a selic hoje, pra exemplificar vamos dizer que a taxa média das dividas da empresa seja de 7,5%.
se eu vou comprar essa empresa, quero que ela me remunere em quanto? qual retorno vai compensar o risco que vou assumir como acionista? no meu caso acho 15% um valor justo... esse é o custo para a empresa de ter o meu dinheiro lá dentro, ela tem que me remunerar, por isso o retorno que eu espero e o custo do capital próprio são "a mesma coisa".
numa estrutura de capital onde 50% da empresa é financiada por dívida e 50% por capital próprio, o custo médio ponderado do capital ficaria assim:
wacc = 50% * 7,5% * (1-34%) + 50% * 15% = 9,98%
(sobre o custo da dívida pode-se aplicar o beneficio fiscal do imposto de renda - que foi essa multiplicação por 1-34%)
espero ter ajudado em alguma coisa!
151474 - leamm - 09 Out 2012, 15:05
As nossas colocações divergem no sequinte ponto extraído da sua resposta: "no meu caso acho 15% um valor justo... esse é o custo para a empresa de ter o meu dinheiro lá dentro". O meu ponto de vista é diferente, entendo que o custo/risco para a empresa ter o meu dinheiro lá dentro é de eu perder o retorno que seria obtido em um ativo sem risco. Claro, para correr esse risco eu o aceito se a rentanbilidade for adequada (por exemplo seus 15%) mas porque considerar o custo do CP os 15% e não o retorno que seria efetivamente obtido em uma aplicação sem risco - que por sinal será inferior ao retorno do capital de terceiros. É isso que eu não consigo entender, consegue me explicar???
151538 paulo_prof - 09 Out 2012, 23:30
Quero crer que o "custo" do capital próprio seja a taxa de retorno esperada pelos investidores para realizar um investimento patrimonial na empresa. O custo de capital de terceiros (juros de debêntures, empréstimos, etc.) é (ou pelo menos deveria ser) menor do que esta taxa de retorno.
Por outro lado, em caso de falência, como o acionista é o último a ser remunerado, o seu risco parece ser maior.